Prato vazio à mesa...
Travesseiro sobrando na
cama...
Lugar vago no sofá...
O café da manhã não tem
o mesmo sabor...
O passeio perde o
encanto...
O sono fica difícil de
chegar...
As lágrimas teimam em
brotar de olhos cabisbaixos e sem brilho...
O peito apertado...
O coração dolorido...
O ânimo perdido...
E o sorriso
esquecido...
Estas
são as características de quem passa por término de relacionamento (ou de
casais que perderam seus companheiros (as) por causa da morte que chega sem
pedir licença).
Contudo,
meus amores, há sim, podem ter certeza, uma nova paisagem escondida por detrás
deste horizonte. Sim, a sensação é de que o coração está vazio... foi deixada
uma lacuna e achamos que ela jamais será preenchida!
Jamais
imaginem que eu estou aqui fazendo média, ou falando de algo pelo qual nunca
passei! A tristeza é real e invade nosso coração por conta destes e de muitos
outros fatores. Contudo, o verdadeiro vazio se instala quando nós nos
abandonamos e nos entregamos a este vazio! O coração é nosso! Assumamos nosso
coração e comecemos a preencher as lacunas que ficaram! Façamos isso por nós!
Apesar
de ser professor de Filosofia e Sociologia, sei muito bem que, por mais
complexo que seja um exercício de matemática, mais próximo da resolução
estaremos quanto mais exercitarmos! Não deixemos de nos exercitar nos
exercícios que nos preencherão! Por mais que a tristeza insista em bater à
nossa porta e querer invadir nosso coração, exercitemo-nos! Nós é que decidimos
quem irá fazer morada em nosso coração!
Eu
sugiro que pratiquemos exercícios bons! Não nos entreguemos a resoluções
aparentemente fáceis, como álcool, drogas, medicamentos. Entreguemo-nos a fazer
o bem, em primeiro lugar, a nós mesmos! Comecemos a desenvolver a coragem de
cultivar nosso jardim, ao invés de esperar que nos tragam flores, como disse o
grande Shakespeare. Cultivemos nosso jardim! Por vezes, teremos que fazer
podas! Teremos que revolver a terra seca da acomodação, para que a fertilidade
de novas sementes encontre ambiente propício para o florescimento e, assim,
para que consigamos saborear dos frutos de nossas próprias ações. Se assim
fizermos, sentiremo-nos renovados, pois perceberemos que não somos meras
vítimas das situações ou das escolhas alheias. Conseguiremos perceber que as
situações ou as escolhas feitas pelas pessoas (e elas têm esse direito),
despertaram, sim, tristeza, dor e desolação em nós. Mas, sabe o que mais
perceberemos? Que diante do jardim seco, arregaçamos as mangas, empunhamos as
ferramentas e nos tornamos nossos próprios jardineiros no canteiro de nossa
vida!
Se assim agirmos, podem ter certeza no que este filósofo lhes diz:
O prato vazio à mesa
será uma mera lembrança... e se tornará símbolo de que, amanhã, poderá estar
repleto dos frutos colhidos em nosso próprio jardim... e isto, sem dúvida, nos
saciará profundamente. Pense nisso! Forte abraço: André Massolini
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