Meus
queridos, vivemos numa sociedade regida, em sua maioria, por padrões
hollywoodianos ou “novelianos” de se viver uma relação amorosa. Com isso,
caímos numa esfera mágica na qual acreditamos piamente que o amor é a solução
para todos os conflitos existentes no relacionamento.
Desde
criança, crescemos assistindo aos filmes de amores não correspondidos que, como
num passe de mágica, tornam-se correspondidos; amores impossíveis que, pelo
toque de mãos num final de tarde, tornam-se possíveis; de términos que, num pôr
de sol na praia, e com a famosa corrida na areia (tendo o sol próximo ao
horizonte como pano de fundo) a reconciliação acontece, selada por um beijo apaixonado!
Milhões de pessoas, diante destas cenas fabricadas e milimetricamente projetas
por diretores, equipe de produção, diretores de fotografia etc, encantam-se e,
com isso, introjetam a ideia de que o amor é a solução para tudo e que,
portanto, se minha relação não vai bem é porque ou não estou dando amor ou não
estou recebendo.
Ora,
assim o êxito ou fracasso de uma relação dependesse apenas e tão somente do
amor! Claro, é evidente que acredito que o amor seja o ingrediente principal e
fundamental em qualquer relação que se diz, justamente, amorosa! Contudo, e é
aqui que quero chegar, não acredito que seja APENAS o amor que sustenta a
relação, mas sim A FORMA como nos relacionamos!
Meus
queridos, de que adianta amor quando não sabemos expressá-lo e não sabemos
fazer com que ele tome forma na relação? Quantos são os relacionamentos nos
quais a pessoa dizia amar a outra e, no entanto, a forma como tratava tal
pessoa era de total desrespeito?
Acredito,
sinceramente, que, se tivermos consciência desta chave de leitura, nossos
relacionamentos ganharão QUALIDADE! Talvez nossa relação já tenha AMOR, mas
esteja faltando qualidade... ou seja, não estamos sabendo lidar com a forma de
viver este amor! E quando isso acontece, então surgem os desgastes, as brigas
constantes, as discussões, as desconfianças e tantas outras ervas daninhas
neste canteiro tão fecundo.
Queridos
e queridas, não caiamos na ideia de que o amor é algo mágico trazido na ponta
da flecha do cupido!
Esta é a imagem que querem nos passar em filmes, novelas,
livros, contos etc. Todavia, na realidade, não é assim que funciona! Aliás, eu
gostaria imensamente de dizer que o amor é algo mágico, pois seria extremamente
fácil e não haveria tanta gente destroçada e em frangalhos por conta deste
sentimento sublime, mas vivido de forma destrutiva em muitos relacionamentos.
O
amor é sublime? Sim, claro que sim! O amor pode realizar verdadeiros prodígios?
Sim, evidente que sim! Porém, o amor, por si só, não faz nada! São necessárias
ações, comprometimentos, atitudes, mudanças, propósitos e tantas outras ações
para que o amor, de fato, seja produtivo. Aliás, já que usei este termo
produtivo, acredito que valha a pena fazer a seguinte comparação a fim de
elucidar toda a teoria desenvolvida até aqui: basta pensar que o amor é uma
semente muito boa, realmente boa! Contudo, por melhor que uma semente seja, se
não houver CONDIÇÕES para o seu desenvolvimento, ela não crescerá e, por vezes,
o broto que saiu dela não terá capacidade de se tornar uma grande árvore.
Quais
têm sido as condições, reais e concretas, que temos oferecido para que a
semente que acreditamos haver em nós e na relação se desenvolva e produza
frutos saborosos? Pense nisso! Forte abraço: André Massolini
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