SIM, TEM JEITO!

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segunda-feira, 31 de março de 2014

Apenas amor é suficiente para sustentar uma relação?



Meus queridos, vivemos numa sociedade regida, em sua maioria, por padrões hollywoodianos ou “novelianos” de se viver uma relação amorosa. Com isso, caímos numa esfera mágica na qual acreditamos piamente que o amor é a solução para todos os conflitos existentes no relacionamento.
Desde criança, crescemos assistindo aos filmes de amores não correspondidos que, como num passe de mágica, tornam-se correspondidos; amores impossíveis que, pelo toque de mãos num final de tarde, tornam-se possíveis; de términos que, num pôr de sol na praia, e com a famosa corrida na areia (tendo o sol próximo ao horizonte como pano de fundo) a reconciliação acontece, selada por um beijo apaixonado!
Milhões de pessoas, diante destas cenas fabricadas e milimetricamente projetas por diretores, equipe de produção, diretores de fotografia etc, encantam-se e, com isso, introjetam a ideia de que o amor é a solução para tudo e que, portanto, se minha relação não vai bem é porque ou não estou dando amor ou não estou recebendo.

Ora, assim o êxito ou fracasso de uma relação dependesse apenas e tão somente do amor! Claro, é evidente que acredito que o amor seja o ingrediente principal e fundamental em qualquer relação que se diz, justamente, amorosa! Contudo, e é aqui que quero chegar, não acredito que seja APENAS o amor que sustenta a relação, mas sim A FORMA como nos relacionamos!
Meus queridos, de que adianta amor quando não sabemos expressá-lo e não sabemos fazer com que ele tome forma na relação? Quantos são os relacionamentos nos quais a pessoa dizia amar a outra e, no entanto, a forma como tratava tal pessoa era de total desrespeito?
Acredito, sinceramente, que, se tivermos consciência desta chave de leitura, nossos relacionamentos ganharão QUALIDADE! Talvez nossa relação já tenha AMOR, mas esteja faltando qualidade... ou seja, não estamos sabendo lidar com a forma de viver este amor! E quando isso acontece, então surgem os desgastes, as brigas constantes, as discussões, as desconfianças e tantas outras ervas daninhas neste canteiro tão fecundo.
Queridos e queridas, não caiamos na ideia de que o amor é algo mágico trazido na ponta da flecha do cupido!
Esta é a imagem que querem nos passar em filmes, novelas, livros, contos etc. Todavia, na realidade, não é assim que funciona! Aliás, eu gostaria imensamente de dizer que o amor é algo mágico, pois seria extremamente fácil e não haveria tanta gente destroçada e em frangalhos por conta deste sentimento sublime, mas vivido de forma destrutiva em muitos relacionamentos.
O amor é sublime? Sim, claro que sim! O amor pode realizar verdadeiros prodígios? Sim, evidente que sim! Porém, o amor, por si só, não faz nada! São necessárias ações, comprometimentos, atitudes, mudanças, propósitos e tantas outras ações para que o amor, de fato, seja produtivo. Aliás, já que usei este termo produtivo, acredito que valha a pena fazer a seguinte comparação a fim de elucidar toda a teoria desenvolvida até aqui: basta pensar que o amor é uma semente muito boa, realmente boa! Contudo, por melhor que uma semente seja, se não houver CONDIÇÕES para o seu desenvolvimento, ela não crescerá e, por vezes, o broto que saiu dela não terá capacidade de se tornar uma grande árvore.

Quais têm sido as condições, reais e concretas, que temos oferecido para que a semente que acreditamos haver em nós e na relação se desenvolva e produza frutos saborosos? Pense nisso! Forte abraço: André Massolini

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