Acredito que muitos ditados populares nasceram de uma situação real e concreta na vida de
uma pessoa e, por valer em muitas outras situações, acabam se espalhando. É o
caso, por exemplo: “gato escaldado tem medo de água fria”.
Sim,
é bem por aí mesmo! A água está fria, porém, ele não quer pagar pra ver
(risos). Contudo, ele deixe de curtir um belo banho num dia de calor. Julgar as
situações presentes sob a ótica das frustrações passadas é fazer mais ou menos
o que descrevi com este exemplo.
Meus
queridos, não é porque ALGUÉM nos decepcionou que TODOS nos decepcionarão! Não
é porque ALGUÉM nos traiu que TODOS nos trairão! E assim por diante. Temos a
infeliz tendência de julgar o todo pela parte. Focamos apenas no aspecto ruim e
que, óbvio, feriu-nos e esquecemo-nos de olhar outros sinais.
A
pessoa atual não é um reflexo da pessoa anterior! Cada ser humano é único,
individual e possui características próprias. Não estou dizendo que você tem
que se lançar de cabeça logo na primeira semana. É óbvio que deve haver
prudência inclusive no quesito sentimento. Porém, existe uma grande diferença
entre prudência e covardia. A pessoa prudente analisa as situações, vai com
calma... mas vai! Bem diferente da pessoa covarde. Esta, por sua vez, prefere
usar o sofrimento passado para legitimar o não compromisso com o presente.
Portanto, não assume, por exemplo, um relacionamento! A pessoa covarde,
diferentemente da prudente, não vai!
Temos
que saber lidar com os traumas e não fazer com que eles nos impeçam de seguir.
Se soubermos lidar, tirar lições deles, com certeza servirão de aprendizagem na
caminhada que está por vir e não como obstáculo que não nos deixará seguir.
Não
julgue a pessoa com a qual você está agora a partir daquela do passado que lhe
frustrou. A pessoa de agora é uma outra pessoa, assim como você também não é
mais a mesma pessoa de antes. A frustração passada pode trazer crescimento a
você, desde que você coloque os óculos da aprendizagem e tire as lentes da
vítima infeliz e sofredora. É tudo uma questão de posicionamento.
Garanto
que você não gostaria de ser julgado a partir de uma outra pessoa, não é mesmo?
Então porque você está fazendo exatamente aquilo que não gostaria que fizessem
com você? Pense nisso... forte abraço: André Massolini
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