Quero dirigir este post aos
jovens apaixonados, aos jovens desiludidos, angustiados, torturados com o
sentimento que chamamos de amor, claro, quando não é correspondido.
O que mais angustia nossos
jovens é o amor não correspondido ou então o término de um namoro que “estava
indo tão bem”. Jovens amados, apesar da ciência ter o enorme desejo de reduzir
tudo ao orgânico, ao cientificamente provado, isso não existe, já é um mito da
ciência! Saiu uma pesquisa na qual diziam que a baixa quantidade de serotonina
numa região cerebral é que fazia com que as pessoas sentissem falta de outras,
isto é, a saudade. Ou seja, a saudade deixa de ser um sentimento e passa a ser
apenas um processo orgânico.
Ora, nós não somos um
amontoado de carne e osso, comandados por substâncias! Somos tudo isso sim, mas
possuidores de sentimentos, sendo o amor um deles e, talvez, o mais forte e a
força motriz de todos os outros.
Se fôssemos esse “amontoado
orgânico” que a ciência propõe, a angústia do amor não correspondido não
existiria! Ora, eu iria à farmácia e compraria um remedinho chamado “Laxante
Love” (pois expeliria o amor).
No entanto, isso não existe! É impossível eliminar de uma hora para outra o que
é sentimento, o que envolve coração, o que envolve paixão, o que envolve amor.
As reações de um apaixonado
(pernas trêmulas, boca seca, perda da voz, mãos suadas, coração a mil) são
despertadas por substâncias orgânicas, sendo a adrenalina a principal. No
entanto, o que faz com que essa adrenalina entre em ação? Por que uma pessoa
desperta todo esse vulcão? Essa força não é orgânica, mas sentimental e, muitas
vezes, não temos explicação para o que é sentimental, justamente por ser tão
abstrato. Por que tal pessoa, dentre bilhões, é a única que me deixa assim? Por
que meu coração parece estar sendo estraçalhado quando algo nos distancia? Por
que não existe um remédio para essa dor? Porque são os mistérios do amor...
Existe uma música do Roupa
Nova que diz que o “amor dá asas”. Quem vai colocando tais asas em nós é a
pessoa que amamos, e aí chega um momento em que ela simplesmente “pede um
tempo”, ou, de forma mais direta, quer terminar. Ou seja, a pessoa pega uma
tesoura enorme e corta nossas asas, e aí, obviamente, caímos do sonho chamado
amor!
Mas, o que varia nas pessoas
é a intensidade do tombo, pois quanto mais alto voavam, maiores foram os
ferimentos. Há pessoas que se entregam demais logo nos primeiros momentos,
lançam-se de cabeça. Para evitar que os ferimentos sejam graves, amados jovens,
aqui vão algumas dicas: perceba se o que a pessoa sente por você é na mesma
intensidade que você sente por ela; não queira encher a pessoa de coisas, como
se quisesse segurá-la de qualquer forma, pois será pior depois; deixe as coisas
irem acontecendo naturalmente, não precipite-se dizendo “te amo”, pois este
sentimento é puro, e para purificar as coisas leva-se um tempo; nunca finja
gostar da pessoa porque tem medo de ficar sozinho.
Se durante o período do
conhecimento (namoro) essas coisas forem sendo observadas, a pessoa pode até
colocar as asas em nós, mas diante das coisas que estamos percebendo, ou seja,
que a pessoa não gosta tanto assim de nós, não voaremos tão alto e aí nosso
tombo será bem menor, talvez nem seja uma queda, mas poderemos fazer com que
seja apenas uma descida e assim pouparemos as dores conseqüentes.
O amor não correspondido ou
não assumido é esta flecha que não controlamos e que vai ferindo, mudando nosso
jeito de ser e de viver. Quando isso acontece, aquele que sofre pode
parafrasear o famoso lema da Escola de Sagres, dizendo: “Amar é preciso, viver
não é preciso”, pois o amor se torna a razão de viver e tudo o mais perde a cor
e o sabor, enfim, transforma-se em DOR.
Este amor não correspondido
e o amor perdido são as grandes quedas de nossos jovens. No entanto, nunca se
desesperem, nunca procurem falsas soluções (bebida, droga, cartomante,
macumbeira etc), pois nada disso interfere no sentimento de quem você perdeu ou
de quem você ama mas não é amado. Você tem que mudar o sentimento que está em
você, esse é o remédio!!! É fácil? Não! O tempo ajuda e você tem que ir se
ajudando também, percebendo que logo ou mais tarde alguém aparecerá para
receber todo este amor que você tem guardado e que quer partilhar com alguém.
Nunca perca a esperança, mesmo diante de uma grande angústia. E jamais se esqueça
de algo fundamental: todos podem nos abandonar, mas nós, jamais, devemos nos
abandonar! Forte abraço: André Massolini
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