Algo
muito comum de se ouvir, desde os primórdios da humanidade, é o desejo de: “Boa
sorte”, quando alguém irá fazer alguma coisa. Ou ainda: “Nossa, como fulano é
uma pessoa de sorte! Conseguiu um super emprego assim que saiu da faculdade”,
entre muitas outras afirmações com a palavra sorte.
Respeito
quem, de fato, pensa desta forma. Em meu passado já devo ter usado estas
expressões inúmeras vezes, na intenção de ser educado, gentil e amável com as
pessoas. Contudo, hoje, acredito que as palavras e expressões que usamos
escondem um pensamento sobre a vida e se analisássemos melhor o que falamos aos
outros, perceberíamos que somos mais pessimistas do que imaginamos.
Quando
dizemos “boa sorte” estamos, na verdade, desabonando o mérito pessoal e
transformamos a conquista apenas no fruto da “sorte” e do simples acaso. Claro,
há situações em que o jogar de dados
é uma mera questão de sorte. Não são desses casos que estou discorrendo.
Estou dizendo de situações de conquistas pessoais!
Na
expressão que citei no parágrafo inicial: “Nossa, como fulano é uma pessoa de
sorte! Conseguiu um super emprego assim que saiu da faculdade”, jamais concordo
que foi sorte. O fulano se preparou durante os anos em que esteve estudando e,
diante da oportunidade que surgiu, ele tinha condições para agarrá-la. Sorte?
Jamais! Ele fez por merecer aquela oportunidade.
Ele arregaçou as mangas e,
mesmo sem saber o que lhe esperava, fez sua parte: estudou e dedicou-se porque
acreditava que quando surgisse uma oportunidade precisaria estar preparado para
agarrá-la. Portanto, estar num bom emprego não foi uma questão de sorte e sim
de mérito.
É
óbvio que não sou ingênuo e sei de casos em que a pessoa não fez o menor
esforço e, no entanto, conseguiu um super cargo na diretoria de uma empresa
apenas por ser conhecida do presidente. Num caso desses não é sorte e muito
menos mérito, mas apenas uma situação que acontece em muitos lugares: o famoso
“quem indica”. Porém, esta pessoa costuma ter prazo de validade (a não ser que
perceba que deve vencer pelos próprios méritos e demonstre real interesse e
vontade de andar com as próprias pernas).
Nunca
disse a meus alunos, antes de qualquer prova: “Boa sorte”. Ao invés disso, digo
um enorme: “Boa prova”, pois sempre os deixo conscientes que a prova será boa
se eles fizerem com que ela assim o seja, isto é, se estudarem e se dedicarem
como devem.
Por
fim, para elucidar ainda mais o que penso sobre esta questão e a problemática
de reduzir mérito a sorte, cito uma frase de Thomas Jefferson:
Nem preciso comentar né... Forte abraço: André Massolini
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