SIM, TEM JEITO!

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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Sorte ou mérito?


Algo muito comum de se ouvir, desde os primórdios da humanidade, é o desejo de: “Boa sorte”, quando alguém irá fazer alguma coisa. Ou ainda: “Nossa, como fulano é uma pessoa de sorte! Conseguiu um super emprego assim que saiu da faculdade”, entre muitas outras afirmações com a palavra sorte.

Respeito quem, de fato, pensa desta forma. Em meu passado já devo ter usado estas expressões inúmeras vezes, na intenção de ser educado, gentil e amável com as pessoas. Contudo, hoje, acredito que as palavras e expressões que usamos escondem um pensamento sobre a vida e se analisássemos melhor o que falamos aos outros, perceberíamos que somos mais pessimistas do que imaginamos.

Quando dizemos “boa sorte” estamos, na verdade, desabonando o mérito pessoal e transformamos a conquista apenas no fruto da “sorte” e do simples acaso. Claro, há situações em que o jogar de dados
é uma mera questão de sorte.  Não são desses casos que estou discorrendo. Estou dizendo de situações de conquistas pessoais!

Na expressão que citei no parágrafo inicial: “Nossa, como fulano é uma pessoa de sorte! Conseguiu um super emprego assim que saiu da faculdade”, jamais concordo que foi sorte. O fulano se preparou durante os anos em que esteve estudando e, diante da oportunidade que surgiu, ele tinha condições para agarrá-la. Sorte? Jamais! Ele fez por merecer aquela oportunidade.
Ele arregaçou as mangas e, mesmo sem saber o que lhe esperava, fez sua parte: estudou e dedicou-se porque acreditava que quando surgisse uma oportunidade precisaria estar preparado para agarrá-la. Portanto, estar num bom emprego não foi uma questão de sorte e sim de mérito.
É óbvio que não sou ingênuo e sei de casos em que a pessoa não fez o menor esforço e, no entanto, conseguiu um super cargo na diretoria de uma empresa apenas por ser conhecida do presidente. Num caso desses não é sorte e muito menos mérito, mas apenas uma situação que acontece em muitos lugares: o famoso “quem indica”. Porém, esta pessoa costuma ter prazo de validade (a não ser que perceba que deve vencer pelos próprios méritos e demonstre real interesse e vontade de andar com as próprias pernas).

Nunca disse a meus alunos, antes de qualquer prova: “Boa sorte”. Ao invés disso, digo um enorme: “Boa prova”, pois sempre os deixo conscientes que a prova será boa se eles fizerem com que ela assim o seja, isto é, se estudarem e se dedicarem como devem.


Por fim, para elucidar ainda mais o que penso sobre esta questão e a problemática de reduzir mérito a sorte, cito uma frase de Thomas Jefferson:

Nem preciso comentar né... Forte abraço: André Massolini

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