SIM, TEM JEITO!

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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Sonho ou ilusão?


Em minhas observações sobre comportamentos e sobre como as pessoas se portam diante das mais diversas situações da vida, tenho percebido que muitos não percebem a sutil diferença entre sonho e ilusão.
Sonhar é algo totalmente positivo e, sem dúvida, necessário. Os sonhos nos motivam, estimulam-nos a arregaçar as mangas e a corrermos atrás do que queremos. Tiram-nos do comodismo e do conformismo e nos impulsionam ao crescimento, aprendizagem, progresso e superação.

Contudo, o sonho não nos tira da realidade! O sonho nos projeta para algo que ainda não temos, mas com a consciência de que, para atingi-lo, devemos partir de fatos e atitudes concretas, amparadas e sustentadas na realidade que nos circunda. Ou seja, precisamos de atitudes cotidianas de mudança, de análises, de conhecimento da realidade a fim de atingir o objetivo almejado (sonho).
Muito diferente é a ilusão! A ilusão é algo totalmente desconexo da realidade. Ela cria expectativas completamente irreais e, por isso mesmo, criam ilusões. Quantas pessoas dizem assim: “Eu me iludi com fulano”. Ao dizer isso, dá-me a impressão que a pessoa deposita toda a culpa no fulano, como se ele tivesse cometido um grande estrago ou engano na vida da pessoa. Olha, pode até ser que o tal fulano tenha mentido ou agido de má fé. Porém, nós apenas nos desiludimos com alguém porque, primeiro, iludimo-nos! Talvez nós mesmos tenhamos projetado expectativas que a pessoa não poderia corresponder. Isto é, talvez nem tenha sido a pessoa que nos iludiu, mas, nós mesmos criamos um protótipo para ela, a fim de que suprisse carências ou situações que precisávamos trabalhar em nós.
Por isso que quando alguém diz assim: “Fulano me completa”, sinto um arrepio na espinha! Se alguém lhe completa, significa que você era uma pessoa incompleta! E, se era uma pessoa incompleta, consequentemente vai querer que o outro supra as deficiências suas e, com isso, não as trabalhará e assumirá uma posição cômoda, uma posição de passividade na qual o outro assumirá o que era responsabilidade sua. E se o relacionamento acabar? É aí que vemos os casos onde as pessoas perdem o chão e desestruturam-se. Vejo centenas de pessoas dizendo que estão à procura da “metade da laranja”. Ora, não podemos ser metade da laranja! Temos que ser um ser humano em sua inteireza e em sua integralidade de ser! Precisamos ser completos e não meios. Quando nos relacionamos, a outra pessoa tem que vir apenas para somar e não para completar.
Se a pessoa que colocarmos em nossa vida vier para completar, então, provavelmente, estaremos nos iludindo e, futuramente, poderemos nos desiludir. E a desilusão só aconteceu porque, primeiramente, nós mesmos nos iludimos!
Assim também acontece nos negócios. Muita gente se ilude
com riqueza ou com abrir negócios e tornar-se um empreendedor de sucesso. Cuidado. Muita gente quebra a cara nos negócios porque se iludiu com determinadas situações e, consequentemente, sofrerá a desilusão posterior. O sonho é diferente... ele está amparado na realidade e na análise das situações concretas que nos permitirão dar passos e subir degrau a degrau na escada da realização.

Portanto, avaliemos nossas atitudes e reflitamos se estamos sonhando ou nos iludindo nos mais diversos aspectos que compõem a nossa vida. Só assim conseguiremos nos manter perseverantes, corajosos e firmes nesta caminhada que requer muito equilíbrio e senso crítico. Forte abraço: André Massolini

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