SIM, TEM JEITO!

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segunda-feira, 11 de maio de 2015

Como adquirir a maturidade emocional?


Várias pessoas me deixam inbox no Facebook, ou até mesmo comentários no YouTube, perguntando se há livros, faculdades específicas ou cursos de pós graduação para conseguirem entender de relacionamento e lidarem com as emoções.
Veja bem, antes de mais nada, quero deixar claro que não me considero um “mestre” em relacionamentos ou um “mestre” das emoções. Não fiz “especialização em relacionamento” ou “pós graduação em emoções” (risos). Sou apenas uma pessoa formada em filosofia e que ama refletir e analisar o comportamento humano! O Canal Ponto de Vista, por sua vez, foi quem me fez refletir cada vez mais sobre o aspecto das relações amorosas, justamente porque 98% dos e-mails trazem tais relatos.
Outra coisa que quero deixar bem clara é que não me considero maduro emocionalmente (no sentido de algo pronto e acabado). Posso dizer que me considero muito mais maduro em nível emocional que antes, mas jamais numa atitude presunçosa ou de soberba, tendo em vista que tal atitude contraria completamente minha própria filosofia de vida, isto é, a filosofia do devir. Sou totalmente adepto de Heráclito e o devir. Sempre estamos em processo de; sempre estamos mudando e, sendo assim, sempre podemos aprender com tudo e com todos!

Enfim, feitas estas explanações iniciais, vamos à questão sobre como adquirir a maturidade emocional. Acredito que o princípio é muito simples, mesmo lidando com algo tão complexo como é o caso das emoções e suas variáveis.
Temos uma grande dificuldade em assumir a autoria de nossa própria vida. Carregamos um desejo primitivo de querer que a outra pessoa nos faça felizes. Cinderela foi feliz quando o príncipe a encontrou, ou seja, ela só pôde ser feliz por causa dele (precisou da fada madrinha para que tivesse condições de ir ao baile; precisou do amor do príncipe para sair de uma vida de escravidão, mesmo sendo herdeira). Percebem como esta ideia é introjetada em nós? E com isso criamos as expectativas e criamos as ideias ilusórias e as fantasias. Estas, por sua vez, tiram-nos da realidade. E aí começa o perigo, pois somente conseguiremos mudanças quando encararmos a realidade, e não quando fugirmos dela!
E o inverso é também verdade (para as pessoas que não assumem a autoria da própria vida), ou seja, é sempre o outro a razão de nossa infelicidade! Outro dia, estava saindo de um estabelecimento comercial e a funcionária veio atrás de mim, dizendo ser uma encalhada e que nenhum relacionamento dava certo. Apenas virei para ela e perguntei: “Você é muito ciumenta”? Ela pensou um pouco, deu um sorrisinho e disse: “Sim, bastante”. Então, disse a ela: “Tá vendo. O problema não é que os rapazes não te valorizam ou não percebem qualidades em você. A questão é que você os sufoca”. Ela abaixou a cabeça e disse: “Você está coberto de razão”. E finalizei: “Minha querida, o amor é uma semente boa, aliás, muito boa! Contudo, ainda que uma planta seja de qualidade indiscutível, ela não sobrevive se for sufocada. A planta é boa, mas não resistirá devido às circunstâncias em que ela se encontra”.
Acredito que chegar nestas conclusões simples é que trazem a maturidade emocional! E por isso que disse que para atingi-la basta seguir um princípio simples: assumir a própria autoria da vida. Entenda este princípio como: ser o responsável por suas atitudes (e também por suas emoções), saber analisar o que se quer e o que não se quer para a própria vida! Tem gente que fica a vida toda dizendo algo mais ou menos assim: “Não acredito que fulano fez aquilo comigo” ou ainda: “Como ele pôde fazer aquilo para mim? Não me conformo! Dei o meu melhor! Não merecia estar passando por isto”, e mágoas e ressentimentos vão tomando conta da “vida das emoções inconformadas”.

Ora, encare que a pessoa fez e pronto! Ok, sei que pode ter sido algo que lhe trouxe tristeza, desapontamento e frustração (não estou negando isso). Só que não podemos determinar como as pessoas irão agir em relação a nós! E sabe por quê? Porque elas são livres e a vida é delas! Portanto, é hora de encararmos, também, o nosso próprio viver e fazermos algo por nós! Não adianta ficar se lamentando pela atitude cometida pela outra pessoa. Ela já fez. Sim, trouxe tristeza sim. Mas, agora precisamos fazer algo diante daquilo que ela nos fez. É aí que entra nossa autoria! É nossa vida!

E é justamente neste princípio que acredito que se esconda o caminho das pedras para o equilíbrio e a maturidade emocional. Seria mais fácil se tivesse um “curso técnico” (risos). Mas não tem! Assim como não há manuais prontos, receitas mágicas ou feitiços. O que tem é atitude e posicionamento diante das próprias emoções e estratégias para atingir o que se quer para a própria vida. Lembrando que vingar-se de quem fez algo de ruim para você não mudará o que foi feito. Já foi feito e ponto. O que verdadeiramente mudará é como você dirigirá sua vida daqui para frente, afinal de contas é sua vida... e esta sim está em suas mãos! Como disse, você não pode determinar como as pessoas devem agir em relação a você, mas pode determinar como serão suas próprias atitudes! Pense nisso! Forte abraço: André Massolini  

2 comentários:

  1. Caro André,
    Vc não tem idéia de como te "conhecer" mudou a minha vida em apenas 24h...rsrs. sei q não acredita em mudanças assim repentinas, mas ouvir seus vídeos foi os "três tapas na cara" que eu precisava pra recuperar, ou descobrir meu amor próprio.

    Muitíssimo obrigada.
    Graças a Deus pela sua vida!

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  2. Caro André,
    Vc não tem idéia de como te "conhecer" mudou a minha vida em apenas 24h...rsrs. sei q não acredita em mudanças assim repentinas, mas ouvir seus vídeos foi os "três tapas na cara" que eu precisava pra recuperar, ou descobrir meu amor próprio.

    Muitíssimo obrigada.
    Graças a Deus pela sua vida!

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