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segunda-feira, 4 de maio de 2015

As separações


Meus queridos, gostaria de refletir sobre este assunto que, outrora, já foi motivo de vergonha na sociedade (lembremos que a oficialização do divórcio ocorreu, no Brasil, apenas em 1977).
Se manter uma relação estável é fruto de um amadurecimento emocional, tendo em vista que é necessário buscar o controle das emoções para lidar com as diferenças e conflitos que as relações apresentam, então, pela lógica, as pessoas estão mais imaturas emocionalmente, uma vez que o número de divórcios aumenta, não é mesmo?
Não, não é. Antes, as pessoas mantinham as relações não porque eram maduras emocionalmente, mas apenas porque ficavam sob o jugo das pressões sociais. O divórcio era um “escândalo” e socialmente inaceitável. Agora, vivemos num período em que não existe mais a pressão e o peso social de antes.
Então, se as pressões sociais não sustentam mais um casamento (por mais infeliz que fosse o casal), fica evidente que, então, é justamente agora que as forças emocionais se tornam essenciais para a continuidade da relação.
Entenda por forças emocionais a capacidade de diálogo, de olhar para dentro de si mesmo e fazer as perguntas sem medo; de entender que o EU está em contato com o TU que é, pensa e age diferente; de perceber que conviver é uma arte que requer aprimoramento contínuo; de saber que há momentos de diferenças emocionais, justamente porque as pessoas são diferentes e interpretam um mesmo fato de formas distintas.

Acredito que enquanto as pessoas não buscarem um conhecimento das próprias emoções, um crescimento e amadurecimento emocional, então, infelizmente, estes números apenas aumentarão. É muito mais fácil separar do que perceber os ajustes e reajustes que precisam ser feitos. Ajustes e reajustes significam mudanças. E, por sua vez, para mudar, é necessário reconhecer que algo está errado. E, infelizmente, vivemos num período em que um número cada vez maior de pessoas não consegue assumir que erra. São pessoas amarguradas, fechadas em si mesmas e que sempre apontam culpados, pois são incapazes de perceber a culpa nelas mesmas.

Ser maduro emocionalmente não significa garantia de eternidade na relação, claro que não! Mas, talvez, seja garantia de uma relação saudável, ainda que venha a terminar. Aliás, maturidade emocional confere, também, menos dor e sofrimento ao próprio término, pois se ela existe na relação então é porque o diálogo e a discussão dos porquês determinadas situações e desencontros fazem parte da vida do casal. E se os desencontros são discutidos, provavelmente os encontros acontecem, isto é, encontra-se a melhor a forma de solucioná-los. E quando se age assim, pode ser que a separação seja refutada. Pense nisso! Forte abraço: André Massolini 

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