SIM, TEM JEITO!

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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Você é lutador?


“Só é lutador quem sabe lutar consigo mesmo” (Carlos Drummond de Andrade)

Meus queridos, quando ouvimos falar sobre as lutas do dia a dia e sobre as batalhas que devemos empreender, quase sempre imaginamos as lutas pelas quais passamos nas relações amorosas, na vida profissional, no ambiente acadêmico, familiar etc.
E você luta com você mesmo? Ora, alguém poderia me dizer: “Mas, André, todas as situações citadas acima são lutas empreendidas por cada um de nós!”. E eu diria que sim, você tem razão! Mas, nos exemplos citados na introdução, são lutas que você deve fazer sempre na relação com o TU. A luta que estou questionando agora é do EU com o EU.
Muitas são as pessoas que procuram culpados em tudo e em todos para justificar e legitimar seus comportamentos. Com isso, empreendem sempre uma batalha com o TU e não colocam em duelo o próprio EU! Ou seja, são pessoas que não questionam o próprio comportamento e a atitude tomada, tendo em vista que o comportamento assumido e a atitude tomada é sempre legitimada e justificada por causa de uma ação cometida pelo TU ou desencadeada por alguma situação. Portanto, não questiona-se o próprio EU, uma vez que suas ações são apenas reações a ações praticadas pelo TU.
Uma pessoa que age assim é uma pessoa que dificilmente tem mudanças! Sempre acredito e, provavelmente, sempre acreditarei, que as pessoas podem mudar! Contudo, mudanças acontecem quando assumo meus erros, quando os reconheço e percebo que preciso de um novo posicionamento frente a esta situação, que preciso de uns reajustes! É por isso que foi necessária a batalha do EU com o EU. Foi preciso batalhar com o orgulho e com a grande tendência de querer achar justificativas para tudo; foi preciso uma luta interior para reconhecer as próprias fraquezas, as limitações e uma nova luta para empreender as estratégias de superação e, consequentemente, mudanças!
Essa batalha do EU com o EU produz, como em qualquer batalha, alguns dissabores. Afinal de contas, não é fácil colocar em xeque certezas e posicionamentos estabelecidos e solidificados por anos e que, portanto, tornaram-se habituais (o que costumamos dizer: “sou assim e pronto. Quem quiser que me aceite desta forma grosseira mesmo”, entre tantos outros exemplos que poderíamos citar).


Todavia, apesar de alguns dissabores, é uma batalha que, sem dúvida nos leva a grandes vitórias e conquistas! Porque uma relação amorosa, profissional, familiar, acadêmica etc, começa na relação que tenho comigo mesmo, na maneira como me porto e como me posiciono diante das situações. Em alguns casos, minhas relações estão desmoronando porque estão sendo reflexo não de como as pessoas me tratam mas como eu mesmo me vejo. É por isso que esta deve ser a primeira batalha. Infelizmente, muitos a deixam por último, assim como há aqueles que nunca a fazem. Pense nisso! Forte abraço! André Massolini

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