SIM, TEM JEITO!

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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Não conseguir esquecer alguém...


Meus queridos, muitas são as pessoas que passam anos de sua vida fixas em alguém que já faz parte do passado. O término aconteceu e já faz parte do passado mas, por vezes, o sentimento de peito apertado e de desânimo permanecem firmes no presente.
Antes de mais nada, quero deixar claro que este post se refere apenas e exclusivamente para os casos de término de relacionamento no qual você sabe que estava sofrendo e que, apesar de amar, o término é a melhor saída e representa o resgate de si mesmo. Portanto, este post não contempla outras situações, como os términos que simplesmente aconteceram porque a pessoa deixou de gostar. Repito: refere-se apenas ao caso em que o término, apesar do amor, é o que a razão sabe que é o melhor e que, diante disso, o sentimento de não conseguir esquecer se estabelece.

Acredito que, em alguns casos, confundimos lembranças com sentimentos. Uma pessoa com a qual convivemos e pela qual nutrimos um sentimento verdadeiro e profundo nunca sairá de nossas lembranças! Simplesmente porque as emoções fortes pelas quais passamos ficam eternizadas em nossa memória. Posso garantir que todos nos lembramos de fatos de quando éramos muito crianças. Podemos analisar tais fatos e perceberemos que eles estão associados a uma emoção forte, seja de alegria ou de tristeza.
Nosso cérebro retém absolutamente tudo que fazemos, vemos, sentimos etc, desde quando nascemos. Porém, se mantivesse a lembrança de absolutamente tudo isso (no consciente) ficaríamos loucos! É por isso que o cérebro descarta muitas informações (no inconsciente), ao passo que vamos absorvendo novas e assim por diante. Contudo, emoções fortes e o fato que as produziu permanecem e não são descartadas. Tanto que nos lembramos do primeiro beijo e até mesmo do cheiro ou de sons que nos envolviam quando ele aconteceu (a não ser que a pessoa não tenha sentido uma forte emoção com tal fato). Contudo, não nos lembramos de outros tantos beijos! Mas, não é porque não nos lembramos que eles não aconteceram. E também não é porque lembramos do primeiro que temos vontade de repeti-lo!
Por vezes, precisamos de algum estímulo para nos lembrarmos de algumas situações. Tomemos como exemplo algum beijo. Anos depois, numa conversa com um amigo, este nos diz: “Nossa, encontrei a fulana de tal na rua estes dias. Ela está muito diferente. Garanto que hoje você não a beijaria mais”. E o outro completa: “Nossa, nem me lembrava mais dela”! O amigo foi o estímulo que fez com que o outro buscasse as informações que, até então, estavam descartadas no inconsciente.
Ora, por vezes, o que temos é, na verdade, lembranças daquela pessoa que nos marcou muito (justamente porque tivemos uma emoção muito forte por ela, ou seja, amor). Porém, se não conseguirmos distinguir lembranças de sentimentos, julgaremos que continuamos apaixonados, que a pessoa não sai de nossa cabeça mesmo após meses. Diante disso, tendemos a ficar frustrados, angustiados e com a sensação de que nunca mais amaremos alguém. E a frustração é maior ainda quando se tem consciência que o término foi a melhor coisa, pois a pessoa não nos valorizava e fazia com que nosso amor próprio ficasse sempre esquecido. Ou seja, isto nos traz mal estar e a velha sensação de impotência diante da vida. E se não tomarmos cuidado, começamos a entrar no buraco do desânimo.
É por isso que temos que fazer um grande exercício conosco mesmos. Devemos perguntar qual fato durante o dia despertou (foi o estímulo) para que voltássemos a pensar na pessoa. Feito isso, faz-se necessário um segundo posicionamento, isto é, recordar-se de todo o mal estar, as desconsiderações, as mentiras etc... que fizeram com que o término acontecesse e que a relação chegasse ao fim. Isso porque tendemos, diante da sensação de “falta” (carência) causada pela lembrança, a supervalorizar todos os momentos bons que tivemos (e sim, eles existiram, é claro) e simplesmente ignorarmos todas as situações de conflitos, anulações e até mesmo humilhações pelas quais passamos.

Por fim, quando separarmos lembranças de sentimentos, então conseguiremos nos fortalecer naquilo que, de fato, queremos. Quando estamos tomados por sentimentos, tendemos a ignorar a razão e apenas deixar que a emoção fale. É por isso que se conseguirmos perceber que o que está se passando dentro de nós são lembranças (e estas nos despertam, no presente, sensações que vivenciamos no passado, é claro) e não sentimentos presentes, então conseguiremos nos manter firmes no propósito daquilo que realmente queremos para nós. E assim como citei que não é porque lembramos do primeiro beijo (porque esteve associado a uma emoção forte) que queremos repeti-lo no presente, assim também precisamos tomar consciência que não é porque estamos ainda com as lembranças da pessoa com a qual terminamos e que nos fazia mal que queremos que ela volte. Lembranças não implicam em sentimentos. Saibamos distingui-los. Pense nisso! Forte abraço: André Massolini

3 comentários:

  1. E quando a pessoa não errou tanto, ou seja nós erramos com ela?
    E agora, como esquecer??!!

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  2. Vi o video sobre este assunto .mt bom.revelador.kk. parabens andre.divino.

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