SIM, TEM JEITO!

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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Reconhecer os erros...



Meus queridos, cada vez mais chego à conclusão da teoria que tem norteado meus pensamentos há tempos, a saber: uma pessoa apenas MUDA quando tem capacidade de reconhecer os erros.

Acredito que isto não seja muita novidade para ninguém. No entanto, muitas vezes as pessoas não param para refletir sobre isso. Por que será que perdemos a capacidade de nos questionar? Fazer perguntas é uma característica inerente ao ser humano, prova disso é que, quando crianças, enchíamos nossos pais com as mais diversas perguntas: Por que o céu é azul? Por que as estrelas ficam lá em cima? Por que elas não aparecem durante o dia? Por que isso? Por que aquilo? E são infindáveis os questionamentos que, muitas vezes, deixam os pais sem respostas para questões aparentemente simples!

Parece-me que tendemos a, talvez como um mecanismo de defesa, abandonarmos os questionamentos e simplesmente nos contentarmos com o “porque sim e pronto”. E isso torna-se ainda pior quando não conseguimos olhar para nosso interior e direcionarmos os porquês para nosso próprio comportamento: por que sou orgulhoso? Por que tenho medo de assumir que erro? Por que tenho tanto bloqueio em pedir desculpas?

E, infelizmente, quando isto acontece, então fugimos do autoconhecimento e, sendo assim, não conseguimos progredir. É por isso que acabamos reproduzindo OS MESMOS ERROS! Simplesmente porque tivemos a incapacidade de reconhecê-los anteriormente! Ora, se não reconhecemos que erramos antes (e consequentemente nem nos desculpamos, mas criamos uma infindável lista de justificativas para mascarar o erro), obviamente que recairemos nele novamente, horas, dias ou apenas semanas depois...

Quando nos tornamos incapazes de reconhecer que, de fato, magoamos alguém (mesmo a pessoa tendo sido clara em dizer que a magoamos e tendo explicitado isso), então, como disse acima, cometeremos a mesma ofensa, talvez usando outras palavras, mas a ofensa, em si, permanecerá igual.

Não reconhecer que erramos faz com que busquemos os culpados para legitimarmos nossas atitudes: criticaremos Deus e o mundo! Poremos a culpa em n fatores, mas jamais teremos a capacidade de olhar para dentro de nós mesmos, pois sabemos que ali, no mais íntimo do íntimo, reside, de fato, quem precisa de mudança. Ora, mas por que fugir então? Por que ter medo de olhar para dentro de si mesmo, vocês poderiam questionar este filósofo que lhes escreve! Porque quando olhamos para dentro de nós mesmos com coragem e sem estarmos na defensiva e, assim, conseguimos enxergar, de verdade, quem somos e onde temos errado, automaticamente temos que nos POSICIONAR diante de tal fato. Ou seja, temos que tomar uma atitude de mudança. E mudar, em muitos casos, é penoso e dá trabalho. Então, é mais fácil culpar os outros do que empreender a mudança!


Com isso, repito, a mudança não acontece e os erros acontecem novamente. As ofensas, por vezes, voltam mais vorazes. Penso, também, que quanto mais voraz é a ofensa é porque, na verdade, mais se quer fugir do que a causou. Enfim, como dizia o mestre, “só sei que nada sei” e, portanto, posso ter divagado e errado em tudo que escrevi! Apenas peço sabedoria para reconhecer que este erro é possível sim, pois a perfeição não existe... assim como a razão absoluta também não. É caindo que se aprende a levantar. Forte abraço: André Massolini

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