SIM, TEM JEITO!

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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Ser professor nos dias de hoje


A realidade atual é marcada, sem dúvida alguma, pela ausência de professores. Há falta de professores na rede municipal ou estadual.
Ora, isto não é uma suposição e sim uma constatação! Portanto, uma pergunta deve vir  imediata e consequentemente: por quê? O que tem acontecido para que, cada vez mais, as pessoas não queiram estar numa sala de aula?
É evidente que a situação atual é reflexo de  políticas e formas de governo que andam norteando as ações educacionais. A educação foi reduzida a estatísticas! E, a fim de atingir tais estatísticas, passa-se com um rolo compressor por cima do que realmente importa: a aprendizagem eficaz dos alunos e as condições dignas de trabalho do professor.
A fim de que os discursos políticos sejam bonitos e apresentem estatísticas fantasiosas na ONU, criam-se números que destoam totalmente da realidade. E sabe de quem é a culpa? Dos governantes que, seguindo o princípio do “fim justificam os meios”, passam por cima de todos os princípios básicos de respeito às condições justas e dignas de trabalho de um professor a fim de atingirem seu fim, a saber: as benditas estatísticas.
São governantes que nunca pisaram numa sala de aula! Ora, se os discursos apresentados em propagandas eleitorais ou em discursos e órgãos internacionais são tão bonitos e mostram uma realidade tão promissora, então por que os filhos deles não estão na escola pública? Por que os filhos dos governantes não estão estudando nas escolas com índices e estatísticas tão bonitas?
Teve um governador que disse que os professores não deveriam reclamar dos salários, mas que deveriam trabalhar por amor. Ora, porque o senhor, nobre governador, não abre mão de seu salário a fim de servir seu povo por amor? Seria cômico, se não fosse tão absurdo!
Que incentivo tem um professor que, a fim de oferecer dados estatísticos a políticos, tem que aprovar um aluno que nem sequer abre o caderno? Que incentivo tem um professor que, ao colocar falta ao aluno, tem que preencher centenas de papéis e enfrentar a burocracia? O aluno pode tudo, afinal ele é a estatística que o governante quer. O professor, por sua vez, não tem direito a nada, tendo em vista que professor não gera estatística!


Portanto, encerro parabenizando a todos meus colegas, pois cada vez que entramos numa sala de aula e nos esforçamos para transmitir conhecimento, estamos construindo o Brasil do amanhã. Alguns políticos tentam destruir, mas nós permaneceremos na tentativa de edificar e de mostrar a nossos jovens que ainda vale a pena sonhar, acreditar e apostar na educação, independente das estatísticas fantasiosas e estampadas em planilhas frias e distantes da realidade. Abraços educacionais: André Massolini

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