Várias
pessoas me deixam inbox no Facebook, ou até mesmo comentários no YouTube,
perguntando se há livros, faculdades específicas ou cursos de pós graduação
para conseguirem entender de relacionamento e lidarem com as emoções.
Veja
bem, antes de mais nada, quero deixar claro que não me considero um “mestre” em
relacionamentos ou um “mestre” das emoções. Não fiz “especialização em
relacionamento” ou “pós graduação em emoções” (risos). Sou apenas uma pessoa
formada em filosofia e que ama refletir e analisar o comportamento humano! O
Canal Ponto de Vista, por sua vez, foi quem me fez refletir cada vez mais sobre
o aspecto das relações amorosas, justamente porque 98% dos e-mails trazem tais
relatos.
Outra
coisa que quero deixar bem clara é que não me considero maduro emocionalmente
(no sentido de algo pronto e acabado). Posso dizer que me considero muito mais
maduro em nível emocional que antes, mas jamais numa atitude presunçosa ou de
soberba, tendo em vista que tal atitude contraria completamente minha própria
filosofia de vida, isto é, a filosofia do devir. Sou totalmente adepto de
Heráclito e o devir. Sempre estamos em processo de; sempre estamos mudando e,
sendo assim, sempre podemos aprender com tudo e com todos!
Enfim,
feitas estas explanações iniciais, vamos à questão sobre como adquirir a
maturidade emocional. Acredito que o princípio é muito simples, mesmo lidando
com algo tão complexo como é o caso das emoções e suas variáveis.
Temos
uma grande dificuldade em assumir a autoria de nossa própria vida. Carregamos
um desejo primitivo de querer que a outra pessoa nos faça felizes. Cinderela
foi feliz quando o príncipe a encontrou, ou seja, ela só pôde ser feliz por
causa dele (precisou da fada madrinha para que tivesse condições de ir ao
baile; precisou do amor do príncipe para sair de uma vida de escravidão, mesmo
sendo herdeira). Percebem como esta ideia é introjetada em nós? E com isso
criamos as expectativas e criamos as ideias ilusórias e as fantasias. Estas,
por sua vez, tiram-nos da realidade. E aí começa o perigo, pois somente
conseguiremos mudanças quando encararmos a realidade, e não quando fugirmos
dela!
E
o inverso é também verdade (para as pessoas que não assumem a autoria da
própria vida), ou seja, é sempre o outro a razão de nossa infelicidade! Outro
dia, estava saindo de um estabelecimento comercial e a funcionária veio atrás
de mim, dizendo ser uma encalhada e que nenhum relacionamento dava certo.
Apenas virei para ela e perguntei: “Você é muito ciumenta”? Ela pensou um
pouco, deu um sorrisinho e disse: “Sim, bastante”. Então, disse a ela: “Tá
vendo. O problema não é que os rapazes não te valorizam ou não percebem
qualidades em você. A questão é que você os sufoca”. Ela abaixou a cabeça e
disse: “Você está coberto de razão”. E finalizei: “Minha querida, o amor é uma
semente boa, aliás, muito boa! Contudo, ainda que uma planta seja de qualidade
indiscutível, ela não sobrevive se for sufocada. A planta é boa, mas não
resistirá devido às circunstâncias em que ela se encontra”.
Acredito
que chegar nestas conclusões simples é que trazem a maturidade emocional! E por
isso que disse que para atingi-la basta seguir um princípio simples: assumir a
própria autoria da vida. Entenda este princípio como: ser o responsável por
suas atitudes (e também por suas emoções), saber analisar o que se quer e o que
não se quer para a própria vida! Tem gente que fica a vida toda dizendo algo
mais ou menos assim: “Não acredito que fulano fez aquilo comigo” ou ainda:
“Como ele pôde fazer aquilo para mim? Não me conformo! Dei o meu melhor! Não
merecia estar passando por isto”, e mágoas e ressentimentos vão tomando conta
da “vida das emoções inconformadas”.
Ora,
encare que a pessoa fez e pronto! Ok, sei que pode ter sido algo que lhe trouxe
tristeza, desapontamento e frustração (não estou negando isso). Só que não
podemos determinar como as pessoas irão agir em relação a nós! E sabe por quê?
Porque elas são livres e a vida é delas! Portanto, é hora de encararmos,
também, o nosso próprio viver e fazermos algo por nós! Não adianta ficar se
lamentando pela atitude cometida pela outra pessoa. Ela já fez. Sim, trouxe
tristeza sim. Mas, agora precisamos fazer algo diante daquilo que ela nos fez.
É aí que entra nossa autoria! É nossa vida!
E
é justamente neste princípio que acredito que se esconda o caminho das pedras
para o equilíbrio e a maturidade emocional. Seria mais fácil se tivesse um
“curso técnico” (risos). Mas não tem! Assim como não há manuais prontos,
receitas mágicas ou feitiços. O que tem é atitude e posicionamento diante das
próprias emoções e estratégias para atingir o que se quer para a própria vida.
Lembrando que vingar-se de quem fez algo de ruim para você não mudará o que foi
feito. Já foi feito e ponto. O que verdadeiramente mudará é como você dirigirá
sua vida daqui para frente, afinal de contas é sua vida... e esta sim está em
suas mãos! Como disse, você não pode determinar como as pessoas devem agir em
relação a você, mas pode determinar como serão suas próprias atitudes! Pense
nisso! Forte abraço: André Massolini
Caro André,
ResponderExcluirVc não tem idéia de como te "conhecer" mudou a minha vida em apenas 24h...rsrs. sei q não acredita em mudanças assim repentinas, mas ouvir seus vídeos foi os "três tapas na cara" que eu precisava pra recuperar, ou descobrir meu amor próprio.
Muitíssimo obrigada.
Graças a Deus pela sua vida!
Caro André,
ResponderExcluirVc não tem idéia de como te "conhecer" mudou a minha vida em apenas 24h...rsrs. sei q não acredita em mudanças assim repentinas, mas ouvir seus vídeos foi os "três tapas na cara" que eu precisava pra recuperar, ou descobrir meu amor próprio.
Muitíssimo obrigada.
Graças a Deus pela sua vida!