Hoje,
quero falar de um aspecto que atormenta não só os corações, mas também o
pensamento e o espírito de muita gente.
Antes,
porém, vamos aos exemplos que tanto gosto (risos): Maria está apaixonada por
João; este, apesar de se mostrar também apaixonado por ela, está envolvido com
vícios e, para fazer uso destes, inventa as mais descabidas mentiras para
Maria. Ela sofre, perdoa, tenta, recomeça... mas a mesma situação se repete
outras vezes. João termina com ela (para poder passar um final de semana nos
vícios) e Maria, dessa vez, decide que agora precisa amar a si mesma e dar um
basta nisso tudo. Após um tempo, João a procura novamente. Ela, contudo,
permanece firme. Agora é ela quem não quer mais. Mas, não é porque ela não quer
mais que não esteja sofrendo. Sim, está... e muito! Tem crises de choro; para
cada lugar que olha, lembra-se dele; o coração aperta, um nó sobe pela garganta
e ela se sente fraca; mostra-se forte aos outros, mas dentro de si mesma é como
se fosse uma garotinha com medo de fantasma. Ela sabe que isso vai passar,
apenas não sabe quando. Esta indeterminação de hora ou tempo para a dor passar
lhe traz angústia, justamente porque vivemos no mundo dos agendamentos, dos
horários marcados, da pressa e dos minutos contados. Essa dor é anacrônica,
isto é, não tem hora marcada para sair, está fora do tempo. O bom disso tudo é
que Maria sabe que são suas ações, sua determinação e seu empenho que lhe
trarão a superação. Dois meses depois, João se envolve com outra. Fotos
juntinhos nas redes sociais com legendas com coraçõezinhos e hashtag de “para
sempre”. Dois dias após a publicação desta foto de João com a outra, mudam o
status da rede social para “em um relacionamento sério”. Três dias se passam e
o status retorna a “solteiro” e uma chuva de indiretas cai na linha do tempo de
ambos. Maria observa tudo isso e um sorrisinho desponta no canto de seus
lábios, como se pensasse: “Quero ver quem vai aguentar você como eu aguentei”
ou ainda: “Será que ela já aprontou com você? Talvez agora você perceba meu
valor”. No dia seguinte ao término, João envia um SMS à Maria. Ela não responde
e percebe que seu pensamento estava correto. João, em outras ocasiões, envia
mais SMS a ela, mas Maria continua firme e cada vez menos sente-se mexida com
as mensagens. Maria volta a sair com as amigas. Diverte-se, dá risada e sente
novamente o prazer de sorrir. Sete meses se passam desde seu término com João.
Então, conhece José. Num primeiro momento, não deu muita importância a ele.
Achava que era apenas uma curtição, mesmo porque, considerava que os discursos
dele eram de um homem galinha demais. Mas, José tem atitudes de cuidado e de
apreço por ela. Inevitavelmente, ela faz a comparação com João. E começa a
valorizar José. Após três meses, envolve-se em definitivo com ele e declara
estar gostando e que valoriza suas atitudes (ele já havia se declarado a ela
bem antes). José torna-se distante. Maria descobre algumas mentiras. Perdoa
uma, duas... e José recai de novo nos mesmos erros. Maria, então, dessa vez,
faz um corte brusco. Nada de whatsapp ou contatos por rede social. Exclui José
de tudo. Sente-se forte. Ergue a cabeça e coloca seu amor próprio em
primeiríssimo lugar. Sente que a relação com João a capacitou para que
conseguisse tomar uma atitude firme diante desta desconsideração de José. A
sensação é de amadurecimento. Sente-se leve e feliz consigo mesma. Após um
pouco mais de um mês do término com José, faz amizade com Juca e ajuda-o num
conflito que estava tendo com sua família. Os dois se afeiçoam. Maria
empolga-se com Juca, mas fica com receio de que ele a olhe apenas como amiga.
Tenta perceber melhor o terreno, analisar mais criteriosamente antes de
envolver-se. Numa conversa por celular, Juca diz a ela que conheceu Joca e que
está super a fim dele (risos).
Enfim,
poderia escrever um livro aqui e, ainda assim, sobraria estórias para várias
continuações. Talvez, ao ler a última linha, você tenha pensado: “Afff, essa
coitada é azarada e está pior que eu”! Esta é a vida! São os encontros e
desencontros! Uma hora você está super a fim de alguém e este alguém não. A
matemática do amor não é exata. X gosta de Y que, por sua vez, gosta de Z, que
gosta de M. M está dividido entre P e Q. P valoriza M, mas mesmo assim, M sente
mais atração por Q – que pouco se importa com M (risos).
Ai,
ai.... é por isso que temos que buscar controlar o que está em nós. Precisamos
enxergar e conhecer bem a nós mesmos, porque estaremos em contato com contextos
de vida diversos, sentimentos diferentes, personalidades diversas etc. Se, em
meio a tudo isso, desconhecermos nossas próprias características e não nos
firmarmos no próprio EU e naquilo que queremos e não queremos para nossa vida,
então nos perderemos nesse emaranhado de situações.
Nunca
se esqueça que os encontros e desencontros acontecem mesmo. Os encontros são
sempre muito agradáveis e os desencontros (sentimentos que deixam de existir,
princípios diversos, conflitos, sonhos e projetos que se findam etc), por sua
vez, trazem desconforto. É por isso que, diante dos desencontros, precisamos
ter o encontro conosco mesmo, sempre! Se fizermos isso, apesar da tristeza,
nunca perderemos o norte. Pense nisso! Forte abraço: André Massolini
Nossa, vc é o cara!!!!
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