Meus
queridos, quero iniciar esta postagem pedindo para que se recordem do filme
Shrek. Mais especificamente, na cena em que a princesa Fiona, Shrek e seu
amigo, o Burro, dirigiam-se para o reino “Tão, tão distante”.
Esta
cena é cômica, pois mostra a impaciência do Burro ao fazer milhões de vezes a
mesma pergunta: “Já chegou”? Quando éramos crianças e estávamos ansiosos por
chegar em determinado lugar, agíamos exatamente assim! Contudo, ao atingir a
vida adulta, apesar da necessidade de se manter algumas características da
criança, como o fato de encantar-se com o simples e de saber dizer “não”,
outras deveriam ter ficado restrito àquele período infantil, como por exemplo,
a criação de ilusões e o desejo de que as coisas aconteçam de forma mágica (por
isso que os contos de fada fazem sucesso com as crianças).
O
Burro é a personificação daquela atitude de querer chegar a algum lugar mas não
perceber que, para isso, é necessário o caminhar. Para ele, a única meta era
chegar no reino da princesa Fiona. O caminho representava uma tortura.
Quando
queremos algo (por mais que possa parecer “Tão, tão distante”), devemos traçar
as estratégias e o método que empreenderemos para chegar onde queremos chegar.
O método é o caminho! E o caminho se faz caminhando! O caminho não pode ser uma
tortura. Aprendamos a contemplar a beleza do caminho e a valorizar a presença
de quem caminha conosco. O Burro estava tão focado no reino que simplesmente
desperdiçou todas as paisagens e a oportunidade de conhecer as situações que se
desenrolavam no caminhar; desperdiçou, também, a chance de ter um diálogo
produtivo com Shrek e Fiona. Tornou-se chato e repetitivo.
Há
pessoas que passam pela dolorosa situação do término de relacionamento e se
tornam chatas e repetitivas! Não percebem outras paisagens, não contemplam nada
de valor no presente que as rodeia. Ficam apenas focadas numa única pessoa
(que, diga-se de passagem, é a pessoa que terminou) e desenvolvem um monólogo
no qual só querem falar daquela dor e do quanto estão sofrendo e, também, só
querem informações da outra pessoa. Perdem a oportunidade de ter novos
diálogos! Perdem a oportunidade de ouvir o que os outros também têm a dizer e,
com isso, não percebem que se afundam ainda mais em tristeza.
Quando
queremos algo é preciso encarar que, para atingi-lo, é necessário percorrer um
caminho. Este, por sua vez, se desenrola caminhando! Ora, isto nada mais é que
arregaçar as mangas, que empreender o passo a passo. Caminhar é um passo após o
outro. O resultado disso é que se chama de caminho. Contemplar cada momento do
caminho nos motiva e nos incentiva a chegar onde queremos chegar. Não
desperdicemos o hoje apenas porque queremos o amanhã. Pense nisso! Forte
abraço: André Massolini
André, cada texto seu me deixa mais forte, tens me ajudado muito. Obrigada.
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