Meus
queridos, imaginemos a seguinte cena: você pega o guardanapo de tecido para
enrolar no cabo de uma panela que está sobre uma das bocas do fogão. Uma das
pontas encosta no fogo e o tecido começa a chamuscar. O que você faz?
Acredito
que as respostas podem ser um tanto quanto diversas: bato ele sobre a pia para
que apague; coloco-o debaixo da torneira; jogo-o no chão e piso em cima. Enfim,
tanto faz o método usado para apagar. O que, de fato, importa é que você
afastou-se do agente causador do fogo e, óbvio, de qualquer líquido inflamável.
É uma questão lógica, não é mesmo?
Pois
é... deveríamos usar esta lógica do dia a dia em questões sentimentais e
emocionais, não é mesmo? O fogo do término chamuscou e queimou você, trazendo desconforto
e uma sensação de dor. E o que você faz? Quer apagar o fogo com gasolina! Fica
olhando as fotos, ouvindo as músicas que remetem à pessoa, lendo as mensagens,
os presentes e, claro, fica grudado nas redes sociais a fim de acompanhar cada
passo!
Já
imaginou se os bombeiros, diante de um incêndio, ficassem de costas para ele?
Eles só conseguirão controlar os efeitos de tal situação se olharem o fogo de
frente. Precisam encarar e, mesmo sendo assustador, assumem uma postura firme,
a fim de direcionar o jato d´água na direção certa e, assim, controlar aquela
situação espantosa.
Precisamos
ser os bombeiros de nossos incêndios emocionais! Não tenha medo de encarar a
situação de frente. Não fuja; não crie subterfúgios e mecanismos de defesa a
fim de não enfrentar a realidade tal qual ela é. Pense em cada palavra que lhe
foi dita, em cada atitude que foi praticada e encare de frente. Se não encarar,
ficará impossível direcionar os jatos d´água, isto é, fazer o que tem que ser
feito.
Muitas
são as pessoas que sabem o que tem que ser feito. Contudo, olham para o fogaréu
e não têm coragem de acionar o jato d´água. É como se tivessem medo de tomar
esta atitude pois, ao toma-la, é como se espantassem o fogo que antes as
esquentava do frio. Só que, na verdade, não percebem que aquele fogo não existe
mais. Agora é uma situação que machuca, que queima e destrói. É por isso que
precisa ser encarada de frente e a atitude precisa ser tomada.
Colocar
fim em algo que não nos faz bem não é tão simples, pois, apesar de não estar
fazendo bem, tendemos a acreditar que será difícil encontrarmos uma fogueira
semelhante e o medo de passar frio nos atormenta. Porém, antes o frio do
recomeço do que o fogo da desconsideração. Pense nisso! Forte abraço: André
Massolini
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