Acredito
que valha a pena refletirmos sobre esta situação que tanto assusta (e com
razão) aos pais, dilui relacionamentos e, sem dúvida, destrói a vida da própria
pessoa.
Muita gente pode dizer
que sou preconceituoso. Olha, se você se preocupar com a SAÚDE de quem você ama
é ser preconceituoso, então prefiro o ser! Falar contra o uso de DROGAS não é
ser preconceituoso, meu Deus, e sim olhar e enxergar o óbvio! Aliás, os
próprios usuários são preconceituosos, pois escondem que usam! Um exemplo claro
é o uso de óculos de sol em plena balada à meia noite! Meus queridos, não é uma
questão de “modismo” e sim para esconder a dilatação da pupila (efeito
colateral da cocaína). Ora, por que esconder que está com as pupilas dilatadas,
feito um gato olhando a caça? E depois o preconceituoso sou eu? Alguns grupos
até trocam o nome da cocaína, passando a denomina-la de PADÊ. Ora, por que
trocar o nome? Simplesmente porque falar COCAÍNA é algo “pesado”, como se fosse
algo politicamente incorreto! Então, como mero mecanismo de defesa e de negação
do vício, diz-se que usou PADÊ! E depois o preconceituoso sou eu?
Meus queridos, enfiar
no nariz um pó produzido nos piores locais e sem as mínimas condições é amar a
própria vida? Ainda que fosse feito em ambiente fiscalizado pela Anvisa,
continuaria a fazer mal! Imagine sendo nas condições em que são?
Senhores pais, prestem
mais atenção aos seus filhos! Sim, eu sei que é impossível acorrenta-los dentro
de casa ou coloca-los sob uma redoma, e isso nem seria saudável! Contudo, há
alguns “sinais” que merecem ser observados, como por exemplo, o fato do filho
ficar da meia noite às dez da manhã numa balada! A não ser em competições para
entrar no livro dos recordes, ninguém consegue ficar dançando assim tanto tempo.
Ora, para ficar até essa hora é porque algo está sendo usado! Veja bem, não
podemos generalizar. Já fui em rave,
curti o som, o ambiente etc... e é justamente por isso que sei do que estou
escrevendo. Nunca usei drogas, mas infelizmente vi casos de pessoas que usavam.
Pelo amor de Deus, não classifiquem como “bandidos”, “marginais” ou “pessoas
sem caráter”! Preconceito é classificar quem usa como se fosse desprovido de
caráter. Entrar no vício não tem nada a ver com caráter e sim com fuga da
realidade. Devemos questionar qual foi ou quais foram os motivos que levaram a
pessoa a entrar nessa. Talvez nem tenha tido uma razão específica, mas sim tenha
começado como uma mera curiosidade e, aí, o que era curiosidade torna-se
hábito. Porém, para haver o mesmo efeito da primeira vez (“bater”, “sentir a
brisa”) a dose terá que ser aumentada, isso é fato!
E é aqui que a desgraça
toma conta! O desejo por sentir aquela sensação fala cada vez mais alto e aí
sim a pessoa acaba perdendo os princípios que a norteavam e começa a contar
muitas mentiras, inventar desculpas e mais desculpas, simplesmente para poder
usar. E aí, inevitavelmente, os efeitos das mentiras afetam as relações que
cercam a pessoa: coloca em crise os pais, os amigos (que não usam) e, na
maioria da vezes, o namorado/namorada, marido/mulher que realmente tinha um
amor real e verdadeiro! O sentimento passa ser desconsiderado e, sendo assim, o
vício vence! O pó fala mais alto que o amor...
Há também os casos em
que o amor foi a solução e possibilitou a reconstrução da pessoa. Ela sente que
o sentimento verdadeiro é que realmente “bate” e traz a verdadeira “brisa” que deixa
o coração leve e o espírito em paz.
Portanto, este post não
se trata de críticas ou de preconceito em relação às drogas, mas apenas e tão
somente a reflexão de um filósofo que, de coração, incomoda-se ao ver as
pessoas afastando-se da verdadeira essência e do verdadeiro caminho que poderia
as deixar, de fato, realizadas. Forte abraço: André Massolini
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