Todos os animais, exceto o homem, sabem
que a atividade principal da vida é desfrutá-la (Samuel Butler)
O único animal racional é o ser humano. Estamos
carecas de pronunciar esta frase! Mas será que conseguimos ter noção do que, de
fato, ela representa?
Sempre bradamos com muito orgulho o fato de sermos
racionais. E sim, óbvio que devemos nos orgulhar da capacidade racional. Se não
fosse ela, ainda estaríamos, em pleno século 21, tendo que descobrir o fogo e
inventar a roda.
Graças à capacidade racional, bebemos do conhecimento
adquirido das gerações anteriores e, além de tudo, aprimoramos, ou seja,
evoluímos!
Os animas, apesar de terem evolução genética (mais
devido a mudanças na natureza) não conseguem desenvolver a capacidade racional.
Nunca veremos, por exemplo, um “João de Barro” desenvolvendo um conjunto
habitacional ou uma mansão (risos). Eles agem por instinto, a fim de garantir a
sobrevivência e fazer a manutenção da espécie.
Contudo, a razão, apesar de ser fenomenal e, por isso
mesmo, motivo de nos orgulharmos de a possuirmos, também traz alguns aspectos
“negativos”. Com ela, desenvolvemos sistemas e convenções sociais diversas. Em
cada povo, uma cultura! As convenções sociais são, claro, necessárias para que
haja uma harmonia entre as pessoas e para que o caos e a barbárie não se
instalem.
Mas, o grande problema é quando deixamos de viver
nossa vida, pessoal, única e intransferível, apenas para viver de acordo com
convenções pré-estabelecidas ou, ainda, quando vivemos mais para seguir
regrinhas e nos tornamos um mero mecanismo de reprodução de regras prontas e
deixamos nosso EU esquecido debaixo de tantos parágrafos de ser e agir!
Quando assim agimos, deixamos de desfrutar nossa vida!
Os animais, neste quesito, justamente por não terem tantos sistemas com
convenções sociais e comportamentais, desfrutam a vida na sua inteireza!
Entregam-se ao viver! Desfrutam o que lhes foi dado!
Nós, por vezes, esquecemos disso. Ficamos enjaulados
nos “zoológicos da moral e dos bons costumes” e do “sempre foi assim” e
esquecemos apenas de desfrutar a vida. Veja bem, não estou aqui dizendo que
temos que agir desprovidos de moralidade, ética, respeito ou justiça! Apenas
dizendo que devemos aprender a desfrutar mais a vida, sem nos importarmos com
tantas opiniões e rótulos que, por vezes, querem nos colocar! Apenas seja você
mesmo. Quando você for você, quando você seguir seu coração (aliado à razão,
claro), então as pessoas, de fato, o respeitarão... e sabe por quê? Porque
enxergarão que você é transparente, autêntico e apenas é o que é, não querendo
ser um mero marionete que reproduz movimentos de uma mão invisível que insiste
em nos dizer sobre como devemos viver. Seremos respeitados na medida em que nos
respeitarmos; seremos amados na medida em que nos amarmos; seremos
compreendidos na medida em que nos compreendermos, e assim por diante. E quando
fazemos isso por nós, sem dúvida alguma, estaremos desfrutando a vida, sem ter
que passar por cima de ninguém! Forte abraço: André Massolini
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