Se você deseja ver um arco-íris, precisa antes aprender a gostar da chuva. (Paulo Coelho)

Na vida, sempre queremos o que há de melhor. E há algum problema nisso? Claro que não! Acredito que o “problema” seria se, na verdade, não quiséssemos o que há de melhor. Como alguém pode querer o que há de pior?

Sim, é bem verdade que há aquelas pessoas medíocres (aqui o termo não está empregado de forma pejorativa, mas sim como alguém que se contenta com o mediano, com a média). Sabe aquele aluno que estuda apenas para ficar na média? Pois é, é neste sentido que estou dizendo que há pessoas que se contentam com o mediano. Aquele aluno não é desprovido de inteligência ou, como dizem, “burro”. Ele apenas não se esforçou para conseguir mais. Não faltava capacidade, claro que não! Suas notas medianas foram reações e consequências dos esforços médios que ele empreendeu; e se contentou com isto. Posso julgá-lo por isso? Não, claro que não. Acredito que em muitos aspectos de nossa vida também fazemos como ele. Não conseguimos mais porque não nos esforçamos para isso.

Este mesmo aluno, aproveitando do exemplo, poderia, porém, ter tirado nota máxima em praticamente todas as matérias. Contudo, evidente que isto exigiria que ele tivesse aberto mão de alguns passeios, algumas horas em redes sociais ou até mesmo umas baladas a menos. Tem adolescente que consideraria estas “privações” como uma verdadeira tempestade que se formara sobre seu céu do curtir a vida.

Ora, algumas “tempestades” são necessárias para que possamos contemplar a beleza do arco-íris!

Vivemos num mundo no qual as pessoas querem os resultados, mas não querem os esforços correspondentes aos resultados esperados. É o famoso “querer que as coisas caiam do céu”, ou ainda, à espera da fada madrinha. Os contos de fada, meus amores, não existem na vida real...

A vida real é constituída de esforços, de lutas contínuas e de algumas situações não muito agradáveis num primeiro momento, mas que, depois, são compensatórias.

Precisamos aprender a gostar e tirar proveito destas situações das quais fugimos tanto. Se fugirmos sempre da chuva, provavelmente não contemplaremos o arco-íris subsequente a ela. Assim também acontece em muitas situações de nossa vida. Muitas são as pessoas que, diante da possibilidade de um relacionamento, fogem! Devem ter suas razões: decepções passadas, traumas familiares etc. Porém, estas razões deveriam ser enfrentadas e resolvidas e não serem obstáculos para a vida presente! Quando aprendermos a tirar proveito do que, à primeira vista, parece extremamente negativo, poderemos contemplar o positivo que se esconde por detrás desta situação.

Enfim, comecemos a mudar as lentes com as quais observamos o que nos acontece. E percebamos, também, que, para conseguir alguns resultados são necessários esforços e não apenas sentar e esperar, acreditando que “o que tiver que ser, será”. As coisas só serão quando criarmos condições para que elas sejam. Forte abraço: André Massolini