Muito se fala sobre o amor incondicional, ou seja,
amar sem impor condições, ou ainda, amar sem esperar nada em troca. Como toda
ação implica numa reação, este amor incondicional também tem sua reação em
algumas atitudes nada amáveis.
Atualmente penso que o amor
incondicional é, na verdade, o motivo de muita gente frustrada e deprimida. Se amo demais alguém e a
pessoa não corresponde com meu sentimento, pra que continuar amando? É perda de
tempo, é desilusão e sofrimento, nada mais que isso. Devo investir em algo que,
no mínimo, dá-me um retorno (aqui não é um retorno "prático", como se estivesse sendo interesseiro, mas um retorno sentimental, ou seja, invisto em amor e recebo amor; invisto em carinho e recebo carinho etc).
Todo relacionamento, seja
pai e filho, filho e mãe, amigo e amiga, namorado e namorada, marido e esposa
etc, é uma via de duas mãos. Você me ama e eu o amo; você me respeita e eu o
respeito. Tem gente que vive deprimida porque dá carinho, amor, compreensão e
nunca recebe nada em troca. Aí vem as mais diversas teorias como: “Mas você
está certa, deve amar sem esperar nada em troca. Isto é amar
desinteressadamente” – teoria da qual já partilhei no passado.
Sabe o que tenho a dizer:
“Você é uma tola e está se desgastando à toa”. Ou, usando uma frase bíblica:
“Você está jogando pérolas aos porcos”, ou seja, você está oferecendo seu
tesouro a quem está lhe devolvendo lavagem!
Não jogue suas preciosidades, como o carinho e o amor, a porcos que só devolvem lama a você.
Não jogue suas preciosidades, como o carinho e o amor, a porcos que só devolvem lama a você.
Há ainda aquelas pessoas que
vivem reclamando da forma como são tratadas por seus maridos ou filhos. Pois
lembre-se bem de uma coisa e quero deixar bem sublinhado aqui: somos
tratados da forma que permitimos que nos tratem! Mostre-se! Grite!
Apareça! Faça com que entendam que você não gosta de ser tratada assim e
mostre-se como você é e como deve ser tratada.
Minha mãe sempre nos contou
um episódio e hoje ele servirá de exemplo para elucidar tudo o que escrevi até
agora. Meu tio, quando adolescente, em uma crise de revolta disse à minha avó:
“Vou arrumar minhas coisas e ir embora de casa”. Minha avó pegou uma varinha e, como dizemos por aqui, "desceu a lenha" nele e disse: “Agora você pode ir. Antes não havia motivo para você
ir embora, mas, a partir de agora, você tem”. Meu tio, com “o rabinho entre as
pernas”, desfez as malas e nunca mais teve essa “revolta”.
Não significa que ninguém
deve espancar ninguém! Porém, não devemos ceder às chantagens e joguinhos que
fazem conosco. Quer deixar de me amar? Quer ir embora? Vá! Se seu sentimento
não corresponde ao meu, então não há motivo para estarmos juntos! Quer me amar
e me respeitar, assim como amo e respeito você? Fique e vamos acertando os
conflitos da convivência, mas sempre pautados no amor e respeito.
Tem gente que diz que os
casamentos estão acabando porque as pessoas não sabem “relevar” algumas coisas,
tendo em vista que tem que querer amar e, para isso, exige-se esforço. Concordo
plenamente, desde que o esforço seja dos dois e não de uma única tonta, ou de
um único tonto que fica lá se matando sozinho e sendo humilhado pela outra
pessoa. Lembremos que é uma via de duas mãos, ou seja, se vai, também tem que
vir.
Portanto, amar vale muito a
pena sim, e como vale! Porém, todos amamos para sermos amados; respeitamos para
sermos respeitados; compreendemos para sermos compreendidos. Toda vez que
apenas oferecemos e não recebemos, ficamos vazios, pois quando a água sai de um
reservatório deve haver uma entrada também, porque senão secará.
Se uma entrada não despeja mais água, feche-a e procure outra, pois a função do reservatório é estar cheio e não vazio! Forte abraço: André Massolini
Se uma entrada não despeja mais água, feche-a e procure outra, pois a função do reservatório é estar cheio e não vazio! Forte abraço: André Massolini
Amei suas palavras André! Tocou-me
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