Vivemos
em uma época extremamente erotizada, e conviver com tanto erotismo pode
desencadear alguns comportamentos que merecem uma atenção especial.
De
forma alguma este artigo se propõe a ser moralista, tendo em vista que esta, definitivamente,
não é uma característica que me agrada. Apenas devemos fazer algumas reflexões
e não condenações.
Tem
uma música americana que diz assim: “Por
um beijo pagaram mil dólares, mas por minha alma pagaram cinquenta centavos”.
Essa frase denota uma verdade que percebemos atualmente: valoriza-se demais o
físico, o corpo, o sexo, o prazer imediato; valoriza-se demais o prazer pelo
prazer, o sexo pelo sexo (desprovido de sentido ou de sentimento) e
desvaloriza-se o amor (no seu sentido verdadeiro e profundo e não superficial).
Há
pessoas que acham que o amor é um sentimento do passado e não tem mais lugar no
mundo atual. Acredito que estão fazendo uma confusão. O amor nunca será
ultrapassado. Ele sempre fará morada em homens e mulheres de todas as épocas! O
que acontece é que tal sentimento foi banalizado.
Outra
questão que deve ser observada é que não se pode confundir amor com fidelidade
ou respeito. Percebo que as pessoas estão desacreditando no amor, justamente
por verem tantas histórias de infidelidade ou de falta de respeito. E aí,
consequentemente, tem-se a impressão que a única coisa que se valoriza é o sexo
e não mais o amor.
Partilho
da ideia de que, onde há amor verdadeiro, os outros sentimentos são como galhos
que crescem a partir deste tronco. Ou seja, o carinho, a fidelidade, o respeito
e tantos outros surgem a partir do amor, inclusive o sexo! Sim, o sexo deveria
ser uma consequência do amor!
Veja
bem, sexo é sempre muito fácil de se achar. Podemos achar sexo em esquinas.
Agora, afinidade, carinho, cumplicidade, amor... aí já é outra história! Achar
todas estas características é como achar um tesouro e, portanto, quando o
encontrarmos deveremos zelar por ele. Não compensa trocar amor pelas aventuras
superficiais e momentâneas do sexo fácil.
Há,
também, aquelas pessoas que falam que uma coisa é o sexo e a outra o amor.
Concordo. Apenas não concordo no sentido em que se empregam essa diferença.
Falam como se quisessem legitimar as infidelidades, ou seja, eu posso amar a
pessoa com quem estou e, ainda assim, fazer sexo com outras, tendo em vista que
uma situação não anula a outra. Particularmente, discordo totalmente disso.
Porém, respeito quem assim pensa ou age desta forma. A única coisa que me
intriga é que já encontrei muitas pessoas que assim pensavam e defendiam esta
tese. Praticavam a infidelidade e justificavam dizendo que tinha sido apenas
sexo e que, portanto, não diminuía em nada o amor que sentia pela pessoa com a
qual tinha compromisso. Contudo, se a situação era inversa, ou seja, se esta
pessoa descobria que seu companheiro ou companheira cometeu a infidelidade, aí
era um deus nos acuda! Ora, se a pessoa, de fato, acreditasse naquela teoria da
disjunção entre sexo e amor, por que sentiu-se tão traída? A velha história do
exigir da outra pessoa algo que eu mesmo não dou. Ridículo.
Portanto,
fica o raciocínio e o questionamento sobre o que tem servido de motivação para
nossa vida: amor ou sexo? Sexo é desvinculado de amor? O que queremos para
nossa vida? Precisamos sempre nos perguntar sobre o que queremos e como
pensamos, pois é a partir disso que poderemos entender nossos comportamentos e
atitudes.
Forte abraço: André Massolini
Forte abraço: André Massolini
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