Respeitar
o pensamento alheio é fundamental para que as relações interpessoais sejam
harmônicas e saudáveis. A pluralidade de pensamento e ideias é positiva e não
negativa!
Apesar
de respeitar as pessoas que pensam de forma diferente, não consigo, por mais
que eu tente, acreditar num destino pronto ou, como dizem, “escrito”. Defendo a
ideia de que somos construtores e autores de nossa história. Sim, há centenas
de acontecimentos que envolvem nosso viver que simplesmente ocorreram de forma
alheia à nossa vontade e não foram escolhidos, de forma alguma, por nós. Porém,
sem dúvida, foram escolhidos por outras pessoas e, como não vivemos isolados,
acontecimentos e escolhas de terceiros têm incidência direta em outros que não
apenas eles. Você poderia me dizer: “Viu só... não foi escolha minha. Foi algo
que aconteceu contra minha vontade. Portanto, não fui eu quem escreveu ou
construiu tão situação. Logo, não fui o autor e, sendo assim, aconteceu porque
tinha que acontecer. Como consequência, o destino existe”.
Ora,
jamais defendi a ideia de que absolutamente tudo o que acontece em nossa vida é
fruto de nossas escolhas. Se uma pessoa me der um tiro e eu ficar com sequelas,
não foi escolha minha, mas sim dela. Ela escolheu atirar e eu sofri as
consequências de uma atitude irresponsável e egoísta. E é justamente aqui que
entra minha autoria. Não posso escolher e controlar as escolhas alheias. E tais
escolhas, quando mal feitas, trarão os consequentes frutos ruins (não
diretamente para quem escolheu, mas para aqueles que estavam próximos e se
tornaram vítimas de tais escolhas). Minha autoria, portanto, entra justamente
no seguinte pensamento: o que farei com aquilo que fizeram comigo!
Há
pessoas que se vitimizam e querem o “dó” das pessoas e ficam presas num passado
que não tem mais volta. E há aquelas que arregaçam as mangas e reiniciam sua
vida e sua história a partir do ocorrido e reescrevem uma nova história. Não
importa o que fizeram comigo, mas o que realmente importa é o que eu vou fazer
com aquilo que fizeram comigo! É justamente aqui que assumo o controle e a
autoria de minha história.
O
grande Chico Xavier disse uma frase assim: “Deus nos concede, a cada dia, uma
página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por
nossa conta”. Todos os dias, temos novas possibilidades. A cada dia podemos
pegar os pincéis e dar um colorido novo; podemos pegar as canetas
e escrevermos
frases de ânimo ou desânimo, de alegria ou tristeza, de positividade ou
negatividade... vai depender de nós e não de forças astrais.
Assumamos
nossa história; assumamos as páginas que constituem nosso viver e tenhamos
consciência que podemos não só escrever, mas interpretar de diversas formas os
rabiscos que não esperávamos. Forte abraço: André Massolini
Nenhum comentário:
Postar um comentário