SIM, TEM JEITO!

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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Nunca suponha igualdade de sentimentos


O título deste post é uma frase do filósofo Nietzsche. Acredito que valha a pena discorrermos sobre este tema, tendo em vista que muitos sofrem por conta disso.

Muitas pessoas acabam se frustrando em relacionamentos, sejam amorosos, familiares ou entre amigos, porque criam expectativas a partir do sentimento que está nela, sem se dar conta que a outra pessoa sente de forma diferente.

Veja bem, sentir diferente não significa ausência de sentimento! Por que será que temos a infeliz mania de julgar que a pessoa não gosta da gente simplesmente pelo fato dela não fazer as mesmas coisas que fazemos a ela? Eis aqui o ponto central da questão!

Temos uma grande dificuldade de entender que cada pessoa tem seu jeito próprio, seu ritmo, seus valores e sua forma de demonstrar sentimento. Imaginemos a seguinte cena: estamos num banheiro de shopping para lavar nossas mãos. Na pia ao lado, diante do imenso espelho à nossa frente, encontra-se outra pessoa.

Conforme fazemos os gestos habituais (abrir a torneira, ensaboar a mão, enxaguar, secar, arrumar o cabelo etc), percebemos que a imagem da pessoa refletida no espelho está fazendo exatamente a mesma coisa. Como nos sentiríamos diante disso? Provavelmente, acharíamos absurdo e pensaríamos que a pessoa está querendo nos imitar e, assim, irritar-nos. Ora, mas por qual motivo, quando se diz respeito a sentimento, queremos que a pessoa que está ao nosso lado aja dessa forma? Por qual motivo queremos que a pessoa simplesmente imite os mesmos gestos praticados por nós?

Meus queridos leitores, o espelho é a vida! A única pessoa que pode corresponder às expectativas projetadas somos nós mesmos. O outro será sempre o outro e não pode agir de acordo com nossas vontades, tampouco com o que projetamos nele. A pessoa tem seu próprio jeito, seu próprio entendimento sobre romantismo, sobre amor, sobre relacionamento, sobre conquistas e reconquistas! Assim como não existe a igualdade de sentimento. Cada um sente à sua maneira e, por isso mesmo, a igualdade é utópica. Muitos desentendimentos findariam se as pessoas entendessem isso. Não precisaríamos estudar as diferenças entre homens e mulheres e nem ler centenas de livros de terapia para casais se entendêssemos que cada um tem seu ritmo e que o fato da pessoa não realizar os mesmos gestos e atitudes que eu, não significa que ela não me ame.


Deixo aqui meu fraterno abraço, sabendo que você também sente, entende e apreende este post à sua própria maneira! André Massolini 

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