Meus
queridos, acredito que muito mais difícil que não receber o perdão de alguém, é
não conseguir se perdoar por algo.
As
consequências do não se perdoar podem ser desastrosas para a manutenção de uma
vida equilibrada. Aristóteles considerava que o BEM era a felicidade e que o
MAL era o desequilíbrio. Justamente por isso, para ele, a VIRTUDE é o ponto de
equilíbrio entre dois extremos (vícios por deficiência e vícios por excesso) e,
assim, torna-se o caminho para uma vida feliz.
Por
que estou falando de Aristóteles? Porque acredito que uma das consequências do
não perdoar-se é o desequilíbrio interno. Este, por sua vez, afasta-nos da
felicidade. É óbvio que existem vários fatores que podem causar um desequilíbrio
interno, mas aqui estou abordando aquele que é proveniente do não perdoar-se.
Uma
pessoa que não se perdoa é alguém que começa a desvalorizar-se, a
desmerecer-se, isto é, a perder a autoestima e julga-se merecedora de “castigos”
ou “punições que aplaquem a culpa”. É aí que vemos pessoas permitindo serem
tratadas como panos de chão, humilhadas e massacradas com desprezo e
desconsideração. E por que continuam ao lado de alguém que as trata assim?
Porque sentem-se merecedoras disso! Por que se afastaram de pessoas que as
tratavam bem, com amor e carinho? Porque não acreditavam merecer!
Querido
leitor, consegue perceber a complexidade disso tudo? E tudo pode ter começado
com a falta de perdão. A incapacidade de se perdoar provoca um efeito cascata e
vai trazendo consequências que podem fazer com que a pessoa se afaste de quem a
valoriza e, assim, aproxima-se de quem a desvaloriza.
Você
poderia me perguntar: mas e se a outra pessoa não me perdoar? Ora, ela está no
direito dela! Contudo, se seu pedido de perdão é sincero e verdadeiro, então é
porque você RECONHECEU o erro cometido. Este é um passo importante, mas não o
único! Feito o reconhecimento, é necessário o propósito da mudança. Esta só é
possível quando é consequência de um reconhecimento maduro e sincero das
próprias limitações. Ou seja, você reconheceu e está com o propósito da
mudança; está querendo fazer os reajustes em seus conceitos, pois apenas
mudamos de atitudes quando mudamos os conceitos que nos norteavam.
Ora,
então você mudou! Celebre a mudança! E celebre perdoando-se! Claro que seria
muito melhor se a pessoa tivesse concedido o perdão. Mas, nem sempre será
assim. E ela está no direito e na liberdade dela de não conceder. Contudo, você
fez sua parte. Reconheceu, arrependeu-se, pediu perdão e está em processo de
mudança, amadurecendo a partir do erro. Então, você tem motivos suficientes
para se perdoar e dar uma nova chance a você! Faça isso, você merece! Pense
nisso! Forte abraço: André Massolini
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGostaria realmente de poder acreditar no perdão de alguns... porque as vezes pedem perdão só pra poder aliviar a conciência..por instantes; mas na verdade não estão sendo sinceros pois mais cedo ou mais tarde acabam errando novamente...
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