SIM, TEM JEITO!

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segunda-feira, 30 de março de 2015

Falta de sinceridade nos sentimentos


Meus queridos, façamos uma volta no tempo. Recordemo-nos de quando éramos crianças e algum parente chegou em nossa casa e nos deu um presente horrível. Ora, imediatamente nossos pais já olharam e, com tal olhar, obrigaram-nos a sorrir e mostrarmo-nos felicíssimos pelo mimo recebido (risos).
Podemos dizer, então, que a regra que nos foi ensinada, quando crianças, era mais ou menos assim: “Disfarce seus sentimentos para não magoar quem você ama. Demonstre um sentimento falso, porém, menos ofensivo”.

Veja bem, não estou criticando a atitude dos pais. É algo que é considerado educado, tendo em vista que a pessoa que trouxe o presente está fazendo de muito bom grado e com a intenção de agradar. Contudo, infelizmente, muitos adultos continuam com este comportamento apreendido na infância e não conseguem perceber diferenças entre ser educado e faltar com a sinceridade numa outra esfera de sentimento.
Quantos são os adultos que continuam com as infantilidades emocionais, isto é, continuam sendo falsos com os sentimentos e não são sinceros e honestos consigo mesmos e, claro, com os sentimentos de uma outra pessoa!
Quando falamos de sentimento, algo que deveria vir intrinsecamente é a sinceridade. Pelo amor de Deus, seja sincero com você e com a outra pessoa! Por que ficar “deixando de molho” a outra pessoa? Por que deixar a pessoa com o “talvez”? Por que deixar a pessoa com um sentimento falso, que já não existe mais em você? Por que agir assim? Tá querendo ter o ego massageado? Só que você não percebe que seu ego está sendo massageado às custas do sofrimento alheio! Pare e faça o exercício inverso, ou seja, coloque-se no lugar da outra pessoa. Você gostaria que ficassem levando você em “banho maria” quando, na verdade, está “fervendo” em outras águas? É apenas o princípio ético de não fazer aos outros o que não gostaria que fizessem a você. Simples assim!


E, óbvio, um outro princípio ético neste caso é a verdade. Quando falamos de relações amorosas, então a verdade e a honestidade sentimental devem prevalecer, sempre. Não fique fingindo que gosta quando, na verdade, não gosta mais; não fique despertando esperanças e nem criando expectativas quando, na verdade, já não existem mais em você. Deixe a infantilidade e a imaturidade de lado. A época de fazer sorrisinhos para presentes que não gostou acabou. Em nível amoroso não há lugar para falsidades e projeções enganosas. É hora de assumir a maturidade; é hora de ter comportamento e posicionamento verdadeiros, pois apenas a verdade é capaz de ser libertadora. Não queira deixar alguém como seu “súdito afetivo”. Dê a carta de alforria à pessoa. Esta, por sua vez, é escrita com a verdade. É através da verdade que a pessoa pode encarar a realidade e seguir sua vida, livremente. Pode não ser fácil, mas é libertador. Todos nascemos para a liberdade que, por sua vez, nos conduz à felicidade. Pense nisso! Forte abraço: André Massolini

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