Meus
queridos, façamos uma volta no tempo. Recordemo-nos de quando éramos crianças e
algum parente chegou em nossa casa e nos deu um presente horrível. Ora,
imediatamente nossos pais já olharam e, com tal olhar, obrigaram-nos a sorrir e
mostrarmo-nos felicíssimos pelo mimo recebido (risos).
Podemos
dizer, então, que a regra que nos foi ensinada, quando crianças, era mais ou
menos assim: “Disfarce seus sentimentos para não magoar quem você ama.
Demonstre um sentimento falso, porém, menos ofensivo”.
Veja
bem, não estou criticando a atitude dos pais. É algo que é considerado educado,
tendo em vista que a pessoa que trouxe o presente está fazendo de muito bom
grado e com a intenção de agradar. Contudo, infelizmente, muitos adultos
continuam com este comportamento apreendido na infância e não conseguem
perceber diferenças entre ser educado e faltar com a sinceridade numa outra
esfera de sentimento.
Quantos
são os adultos que continuam com as infantilidades emocionais, isto é,
continuam sendo falsos com os sentimentos e não são sinceros e honestos consigo
mesmos e, claro, com os sentimentos de uma outra pessoa!
Quando
falamos de sentimento, algo que deveria vir intrinsecamente é a sinceridade.
Pelo amor de Deus, seja sincero com você e com a outra pessoa! Por que ficar
“deixando de molho” a outra pessoa? Por que deixar a pessoa com o “talvez”? Por
que deixar a pessoa com um sentimento falso, que já não existe mais em você?
Por que agir assim? Tá querendo ter o ego massageado? Só que você não percebe
que seu ego está sendo massageado às custas do sofrimento alheio! Pare e faça o
exercício inverso, ou seja, coloque-se no lugar da outra pessoa. Você gostaria
que ficassem levando você em “banho maria” quando, na verdade, está “fervendo”
em outras águas? É apenas o princípio ético de não fazer aos outros o que não
gostaria que fizessem a você. Simples assim!
E,
óbvio, um outro princípio ético neste caso é a verdade. Quando falamos de
relações amorosas, então a verdade e a honestidade sentimental devem
prevalecer, sempre. Não fique fingindo que gosta quando, na verdade, não gosta
mais; não fique despertando esperanças e nem criando expectativas quando, na
verdade, já não existem mais em você. Deixe a infantilidade e a imaturidade de
lado. A época de fazer sorrisinhos para presentes que não gostou acabou. Em
nível amoroso não há lugar para falsidades e projeções enganosas. É hora de
assumir a maturidade; é hora de ter comportamento e posicionamento verdadeiros,
pois apenas a verdade é capaz de ser libertadora. Não queira deixar alguém como
seu “súdito afetivo”. Dê a carta de alforria à pessoa. Esta, por sua vez, é
escrita com a verdade. É através da verdade que a pessoa pode encarar a
realidade e seguir sua vida, livremente. Pode não ser fácil, mas é libertador.
Todos nascemos para a liberdade que, por sua vez, nos conduz à felicidade.
Pense nisso! Forte abraço: André Massolini
Nenhum comentário:
Postar um comentário