Meus
queridos, muitas são as pessoas que passam anos de sua vida fixas em alguém que
já faz parte do passado. O término aconteceu e já faz parte do passado mas, por
vezes, o sentimento de peito apertado e de desânimo permanecem firmes no
presente.
Antes
de mais nada, quero deixar claro que este post se refere apenas e
exclusivamente para os casos de término de relacionamento no qual você sabe que
estava sofrendo e que, apesar de amar, o término é a melhor saída e representa
o resgate de si mesmo. Portanto, este post não contempla outras situações, como
os términos que simplesmente aconteceram porque a pessoa deixou de gostar.
Repito: refere-se apenas ao caso em que o término, apesar do amor, é o que a
razão sabe que é o melhor e que, diante disso, o sentimento de não conseguir
esquecer se estabelece.
Acredito
que, em alguns casos, confundimos lembranças com sentimentos. Uma pessoa com a
qual convivemos e pela qual nutrimos um sentimento verdadeiro e profundo nunca
sairá de nossas lembranças! Simplesmente porque as emoções fortes pelas quais
passamos ficam eternizadas em nossa memória. Posso garantir que todos nos
lembramos de fatos de quando éramos muito crianças. Podemos analisar tais fatos
e perceberemos que eles estão associados a uma emoção forte, seja de alegria ou
de tristeza.
Nosso
cérebro retém absolutamente tudo que fazemos, vemos, sentimos etc, desde quando
nascemos. Porém, se mantivesse a lembrança de absolutamente tudo isso (no
consciente) ficaríamos loucos! É por isso que o cérebro descarta muitas
informações (no inconsciente), ao passo que vamos absorvendo novas e assim por
diante. Contudo, emoções fortes e o fato que as produziu permanecem e não são
descartadas. Tanto que nos lembramos do primeiro beijo e até mesmo do cheiro ou
de sons que nos envolviam quando ele aconteceu (a não ser que a pessoa não
tenha sentido uma forte emoção com tal fato). Contudo, não nos lembramos de
outros tantos beijos! Mas, não é porque não nos lembramos que eles não
aconteceram. E também não é porque lembramos do primeiro que temos vontade de
repeti-lo!
Por
vezes, precisamos de algum estímulo para nos lembrarmos de algumas situações.
Tomemos como exemplo algum beijo. Anos depois, numa conversa com um amigo, este
nos diz: “Nossa, encontrei a fulana de tal na rua estes dias. Ela está muito
diferente. Garanto que hoje você não a beijaria mais”. E o outro completa:
“Nossa, nem me lembrava mais dela”! O amigo foi o estímulo que fez com que o
outro buscasse as informações que, até então, estavam descartadas no
inconsciente.
Ora,
por vezes, o que temos é, na verdade, lembranças daquela pessoa que nos marcou
muito (justamente porque tivemos uma emoção muito forte por ela, ou seja,
amor). Porém, se não conseguirmos distinguir lembranças de sentimentos,
julgaremos que continuamos apaixonados, que a pessoa não sai de nossa cabeça
mesmo após meses. Diante disso, tendemos a ficar frustrados, angustiados e com
a sensação de que nunca mais amaremos alguém. E a frustração é maior ainda
quando se tem consciência que o término foi a melhor coisa, pois a pessoa não
nos valorizava e fazia com que nosso amor próprio ficasse sempre esquecido. Ou
seja, isto nos traz mal estar e a velha sensação de impotência diante da vida.
E se não tomarmos cuidado, começamos a entrar no buraco do desânimo.
É
por isso que temos que fazer um grande exercício conosco mesmos. Devemos
perguntar qual fato durante o dia despertou (foi o estímulo) para que
voltássemos a pensar na pessoa. Feito isso, faz-se necessário um segundo posicionamento,
isto é, recordar-se de todo o mal estar, as desconsiderações, as mentiras
etc... que fizeram com que o término acontecesse e que a relação chegasse ao
fim. Isso porque tendemos, diante da sensação de “falta” (carência) causada
pela lembrança, a supervalorizar todos os momentos bons que tivemos (e sim,
eles existiram, é claro) e simplesmente ignorarmos todas as situações de
conflitos, anulações e até mesmo humilhações pelas quais passamos.
Por
fim, quando separarmos lembranças de sentimentos, então conseguiremos nos
fortalecer naquilo que, de fato, queremos. Quando estamos tomados por
sentimentos, tendemos a ignorar a razão e apenas deixar que a emoção fale. É
por isso que se conseguirmos perceber que o que está se passando dentro de nós
são lembranças (e estas nos despertam, no presente, sensações que vivenciamos
no passado, é claro) e não sentimentos presentes, então conseguiremos nos
manter firmes no propósito daquilo que realmente queremos para nós. E assim
como citei que não é porque lembramos do primeiro beijo (porque esteve
associado a uma emoção forte) que queremos repeti-lo no presente, assim também
precisamos tomar consciência que não é porque estamos ainda com as lembranças
da pessoa com a qual terminamos e que nos fazia mal que queremos que ela volte.
Lembranças não implicam em sentimentos. Saibamos distingui-los. Pense nisso!
Forte abraço: André Massolini
E quando a pessoa não errou tanto, ou seja nós erramos com ela?
ResponderExcluirE agora, como esquecer??!!
Vi o video sobre este assunto .mt bom.revelador.kk. parabens andre.divino.
ResponderExcluirMto obrigado!
Excluir