SIM, TEM JEITO!

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terça-feira, 26 de agosto de 2014

Fidelidade por opção ou por obrigação?


Meus queridos, são muitos os relatos de pessoas que se tornam extremamente possessivas por seus companheiros ou por suas companheiras e, principalmente devido à insegurança deles mesmos, querem controlar todos os passos da pessoa amada.
Hoje, ao gravar um vídeo de resposta a uma internauta, acabei fazendo a reflexão que agora desenvolvo aqui com vocês, leitores. Ora, quando a pessoa é insegura e, sendo assim, quer desenvolver o controle de todos os passos, todas as conversas e, se possível fosse, de todos os pensamentos da pessoa amada é porque está, na verdade, morrendo de medo de ser traída. Logo, quer que a outra pessoa seja fiel. Contudo, para assegurar-se de que esta fidelidade está sendo observada e seguida à risca, cerca a outra pessoa de todas as formas possíveis e imagináveis.


Mas, durante a gravação do vídeo de resposta, acabei desenvolvendo uma linha de raciocínio que é justamente o que intitula este post, isto é, a fidelidade deve ser uma obrigação ou uma opção? De acordo com meu ponto de vista, acredito que ela deva ser uma opção livre, um princípio e uma escolha que me faz bem e não uma obrigação que me é imposta! Logo, seguindo a mesma linha de raciocínio, os mecanismos para se ter controle sobre todos os passos da pessoa amada (tendo em vista que ele me “deve” satisfação) acaba condicionando a pessoa a não me trair (pois, caso contrário, descobrirei) o que me faz chegar à conclusão óbvia: torna-se, então, uma obrigação que me foi imposta através dos mecanismos de vigilância.
Meus queridos, não são necessárias câmeras de segurança e nem cadeiras elétricas ou injeções letais para que eu, por exemplo, não mate alguém! Tirar a vida de alguém é um princípio que, sem dúvida alguma, não condiz com minha personalidade e com as virtudes que me norteiam. Assim como, também, tomar algo de alguém de forma inapropriada (roubar). Ou seja, para mim, não é obrigação alguma e muito menos um “peso” não matar ou não roubar, mas sim uma opção ética e uma escolha livre que faço todos os dias e que me traz um bem-estar enorme!
E é aqui que gostaria de chegar: assim também o é com a fidelidade! Se você é uma pessoa possessiva e extremamente controladora, então é porque você não acredita que a pessoa que está ao seu lado seja capaz de ser fiel por opção e pela simples escolha livre! Você acredita que ela só não lhe trai por causa de sua vigilância implacável. Agora, então, pergunto-lhe: isto lhe faz bem? Conviver com uma pessoa que você acredita que apenas não lhe trai por causa de seu sistema de vigilância e não porque você é a opção livre dela, isto lhe faz bem?


Será que não está na hora de você rever suas atitudes? Será que não está na hora de ter mais amor próprio, segurança e autoconfiança? Dê o seu melhor na relação, faça sua parte e deixe a pessoa livre, assim como você também o deve ser! Se a pessoa lhe trair e não tiver a menor consideração por seu sentimento, ao menos você saberá que fez sua parte e que fez o melhor. E realizou isso tudo de forma livre, baseado nos princípios que o norteavam e que devem continuar lhe orientando, até o dia em que, de fato, encontrará alguém que irá lhe devolver os mesmos frutos, pois, livremente, partilha dos mesmos princípios e valores que você. Pense nisso! Forte abraço: André Massolini

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