Meus
queridos, são muitos os relatos de pessoas que se tornam extremamente
possessivas por seus companheiros ou por suas companheiras e, principalmente
devido à insegurança deles mesmos, querem controlar todos os passos da pessoa
amada.
Hoje,
ao gravar um vídeo de resposta a uma internauta, acabei fazendo a reflexão que
agora desenvolvo aqui com vocês, leitores. Ora, quando a pessoa é insegura e,
sendo assim, quer desenvolver o controle de todos os passos, todas as conversas
e, se possível fosse, de todos os pensamentos da pessoa amada é porque está, na
verdade, morrendo de medo de ser traída. Logo, quer que a outra pessoa seja
fiel. Contudo, para assegurar-se de que esta fidelidade está sendo observada e
seguida à risca, cerca a outra pessoa de todas as formas possíveis e
imagináveis.
Mas,
durante a gravação do vídeo de resposta, acabei desenvolvendo uma linha de
raciocínio que é justamente o que intitula este post, isto é, a fidelidade deve
ser uma obrigação ou uma opção? De acordo com meu ponto de vista, acredito que
ela deva ser uma opção livre, um princípio e uma escolha que me faz bem e não
uma obrigação que me é imposta! Logo, seguindo a mesma linha de raciocínio, os
mecanismos para se ter controle sobre todos os passos da pessoa amada (tendo em
vista que ele me “deve” satisfação) acaba condicionando a pessoa a não me trair
(pois, caso contrário, descobrirei) o que me faz chegar à conclusão óbvia:
torna-se, então, uma obrigação que me foi imposta através dos mecanismos de
vigilância.
Meus
queridos, não são necessárias câmeras de segurança e nem cadeiras elétricas ou
injeções letais para que eu, por exemplo, não mate alguém! Tirar a vida de
alguém é um princípio que, sem dúvida alguma, não condiz com minha personalidade
e com as virtudes que me norteiam. Assim como, também, tomar algo de alguém de
forma inapropriada (roubar). Ou seja, para mim, não é obrigação alguma e muito
menos um “peso” não matar ou não roubar, mas sim uma opção ética e uma escolha
livre que faço todos os dias e que me traz um bem-estar enorme!
E
é aqui que gostaria de chegar: assim também o é com a fidelidade! Se você é uma
pessoa possessiva e extremamente controladora, então é porque você não acredita
que a pessoa que está ao seu lado seja capaz de ser fiel por opção e pela
simples escolha livre! Você acredita que ela só não lhe trai por causa de sua
vigilância implacável. Agora, então, pergunto-lhe: isto lhe faz bem? Conviver
com uma pessoa que você acredita que apenas não lhe trai por causa de seu
sistema de vigilância e não porque você é a opção livre dela, isto lhe faz bem?
Será
que não está na hora de você rever suas atitudes? Será que não está na hora de
ter mais amor próprio, segurança e autoconfiança? Dê o seu melhor na relação,
faça sua parte e deixe a pessoa livre, assim como você também o deve ser! Se a
pessoa lhe trair e não tiver a menor consideração por seu sentimento, ao menos
você saberá que fez sua parte e que fez o melhor. E realizou isso tudo de forma
livre, baseado nos princípios que o norteavam e que devem continuar lhe
orientando, até o dia em que, de fato, encontrará alguém que irá lhe devolver
os mesmos frutos, pois, livremente, partilha dos mesmos princípios e valores
que você. Pense nisso! Forte abraço: André Massolini
Nenhum comentário:
Postar um comentário