A QUESTÃO DA IMAGEM

Neste final de semana, aconteceu algo que foi muito engraçado e que, a partir de tal fato, quero fazer uma reflexão com vocês sobre a questão das imagens que fazemos das pessoas. Fui com amigos para uma balada. Estava circulando e uma pessoa me segurou e, em meio a tanto barulho, disse o seguinte ao meu ouvido:

PESSOA: Posso te falar uma coisa?

EU: Sim

PESSOA: Já te falaram que você se parece com um cara do Youtube, que fala de relacionamento?

Neste momento, juro pra vocês, achei que tivesse sido reconhecido e que a pessoa estava, na verdade, zoando. Olhei pra pessoa e percebi que não era gozação. Então, entrei no clima e prossegui o diálogo:

EU: Sabe que você deve ser a terceira pessoa que está me falando isso!

PESSOA: Verdade, cara, é muito parecido! Mas posso te falar só mais uma coisa?

EU: Sim, claro

PESSOA: Você é mais bonito que ele!

Enfim, posso lhes dizer que isso rendeu muitas risadas! Tomei uma cantada a partir de mim mesmo (risos). Mas, apenas estou usando este exemplo, que realmente achei muito engraçado, para refletir sobre a questão da IMAGEM. Muitas vezes, apesar de algo estar estampado em nossa cara, não conseguimos enxergar! Tudo bem que, numa balada, com jogo de luzes, fumaça (e tem o fato de que eu também estava sem óculos e com o cabelo arrepiado), talvez tenha dificultado o reconhecimento. Contudo, garanto que esta pessoa fazia uma imagem de mim na qual não se enquadrava, por exemplo, eu estar numa balada! Por isso, apesar de estar diante de mim, não me reconheceu! Em muitas situações de nosso dia a dia fazemos exatamente isso! A situação está estampada em nossa cara e não conseguimos enxergar! E sabe por quê? Porque nós é que criamos uma imagem equivocada da situação. Precisamos aprender a enxergar as situações e não projetarmos tantas expectativas sobre as pessoas, pois assim conseguiremos analisar melhor os fatos e, talvez, minimizar os sofrimentos. Quantas vezes, acompanho casos de pessoas que estão passando por sofrimentos terríveis justamente porque não conseguiam enxergar o que estava bem diante de seus olhos. Bastava uma frase mais “doce” e logo a pessoa jogava pra debaixo do tapete a situação REAL e ficava com a IMAGEM que ela mesma tinha construído e, com isso, enxergava tudo a partir dessa imagem e não da realidade. Não significa ser frio ou duvidar de tudo, claro que não! Apenas ter mais senso crítico e saber distinguir as situações, pois, muitas vezes, sofremos por nossa própria culpa, isto é, porque nós é que criamos uma ilusão e projetamos sobre a pessoa. Pense nisso! Forte abraço: André Massolini