Quantas
vezes corremos atrás da vida perfeita: pais perfeitos (os pais dos amigos são
sempre melhores que os nossos), mulher perfeita (a mulher do vizinho sempre
cozinha melhor), marido perfeito (o marido da colega de trabalho sempre é mais
romântico), namorada perfeita (a namorada do parceiro de futebol é sempre mais gostosa),
namorado perfeito (o namorado da amiga é sempre mais cheiroso), entre tantas
outras “perfeições” que apenas existem em nosso mundo idealizado... A grama do vizinho é sempre mais verde...
Esquecemo-nos
de olhar dentro de nós mesmos e percebermos o quanto somos desprovidos de
perfeição e, portanto, o quanto somos chamados a dobrar nosso orgulho e
reconhecer nossos defeitos e mazelas.
Meus
queridos, este professor que ministra aulas; este escritor que escreve textos e
mais textos; este palestrante; este apresentador de um Canal no Youtube; este
filho; este amigo; este irmão; este tio; este primo; este sobrinho; este
namorado... enfim, este que vos fala e que vos escreve; este que convive com
vocês sob diferentes formas e modos, também se encaixa em tudo isso! Ou seja,
também estou cheio de falhas, limitações e fraquezas!
Jamais
nos esqueçamos que a perfeição não existe! Quando quisermos e exigirmos a
perfeição das pessoas, estaremos deixando a maravilha de contemplar o dia a dia
para nos iludirmos com protótipos montados de comportamento.
Desculpem-me
por minhas imperfeições, limitações e fraquezas. Muitas vezes erramos na
tentativa de acertar. Acredito que a superação dos conflitos encontra-se
justamente aqui: perceber, no erro, a tentativa de acerto!
Quando
exigimos a perfeição, geralmente criamos abismos que nos distanciam das pessoas
reais e concretas. E abismo sempre deixa um vazio.
É necessário lutarmos pelas
pontes... elas propiciam o encontro entre dois terrenos sinuosos e, por isso
mesmo, imperfeitos.
Forte
abraço de quem, também, constantemente está em processo de crescimento e
amadurecimento, sempre! André Massolini
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