A
realidade atual é marcada, sem dúvida alguma, pela ausência de professores. Há
falta de professores na rede municipal ou estadual.
Ora,
isto não é uma suposição e sim uma constatação! Portanto, uma pergunta deve
vir imediata e consequentemente: por
quê? O que tem acontecido para que, cada vez mais, as pessoas não queiram estar
numa sala de aula?
É
evidente que a situação atual é reflexo de políticas e formas de governo que andam
norteando as ações educacionais. A educação foi reduzida a estatísticas! E, a
fim de atingir tais estatísticas, passa-se com um rolo compressor por cima do
que realmente importa: a aprendizagem eficaz dos alunos e as condições dignas
de trabalho do professor.
A
fim de que os discursos políticos sejam bonitos e apresentem estatísticas
fantasiosas na ONU, criam-se números que destoam totalmente da realidade. E
sabe de quem é a culpa? Dos governantes que, seguindo o princípio do “fim
justificam os meios”, passam por cima de todos os princípios básicos de
respeito às condições justas e dignas de trabalho de um professor a fim de
atingirem seu fim, a saber: as benditas estatísticas.
São
governantes que nunca pisaram numa sala de aula! Ora, se os discursos
apresentados em propagandas eleitorais ou em discursos e órgãos internacionais são
tão bonitos e mostram uma realidade tão promissora, então por que os filhos
deles não estão na escola pública? Por que os filhos dos governantes não estão
estudando nas escolas com índices e estatísticas tão bonitas?
Teve
um governador que disse que os professores não deveriam reclamar dos salários,
mas que deveriam trabalhar por amor. Ora, porque o senhor, nobre governador,
não abre mão de seu salário a fim de servir seu povo por amor? Seria cômico, se
não fosse tão absurdo!
Que
incentivo tem um professor que, a fim de oferecer dados estatísticos a
políticos, tem que aprovar um aluno que nem sequer abre o caderno? Que
incentivo tem um professor que, ao colocar falta ao aluno, tem que preencher
centenas de papéis e enfrentar a burocracia? O aluno pode tudo, afinal ele é a
estatística que o governante quer. O professor, por sua vez, não tem direito a
nada, tendo em vista que professor não gera estatística!
Portanto,
encerro parabenizando a todos meus colegas, pois cada vez que entramos numa
sala de aula e nos esforçamos para transmitir conhecimento, estamos construindo
o Brasil do amanhã. Alguns políticos tentam destruir, mas nós permaneceremos na
tentativa de edificar e de mostrar a nossos jovens que ainda vale a pena sonhar,
acreditar e apostar na educação, independente das estatísticas fantasiosas e
estampadas em planilhas frias e distantes da realidade. Abraços educacionais:
André Massolini
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